Foto: Fábio Alexandre |
Rafael Greca está tirando o corpo fora da prévia do partido em Curitiba. continua após a publicidade |
A dois dias do início do prazo para a inscrição das pré-candidaturas a prefeito pelo PMDB, o partido está dividido sobre a conveniência da realização da pré-convenção marcada para o próximo dia 29 de março, que escolheria o representante do partido na disputa eleitoral deste ano.
A falta de um consenso entre os grupos próximos ao governador Roberto Requião (PMDB) sobre o melhor nome para lançar candidato pode adiar ou cancelar a pré-convenção, que está sendo convocada pelo diretório municipal.
Em almoço ontem com os deputados estaduais, o presidente da Cohapar e um dos postulantes à indicação, Rafael Greca, antecipou que não pretende se inscrever à prévia. Segundo disse aos deputados, Greca não concorda com a fórmula escolhida pelo partido para definir o candidato. Ele acha que o candidato tem que ser resultado de um processo de entendimento e não de disputa. O líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), vice-presidente estadual do partido, também declarou estar em dúvida se a prévia é o mecanismo mais apropriado para apontar o candidato do partido.
Os primeiros sinais de que a pré-convenção está ameaçada começaram a surgir no início desta semana, quando os peemedebistas perceberam que o governador Roberto Requião (PMDB) continua apostando no reitor da Universidade Federal do Paraná, Carlos Augusto Moreira Junior. Enquanto boa parte do partido acha que Greca, apesar de originário do grupo do ex-governador Jaime Lerner, teria mais tarimba para enfrentar o prefeito Beto Richa (PSDB) que, conforme as pesquisas de intenções de votos, seria o favorito na disputa. Também estão cotados os deputados Reinhold Stephanes Junior, Rodrigo Rocha Loures e Marcelo Almeida.
Em conselho
A performance de Moreira nas pesquisas internas e externas, em que o reitor não decolou como pretendia o PMDB, trouxe a expectativa de que o governador pudesse retirar seu apoio ao reitor. Como Requião não mudou de posição, existe agora o temor de que uma pré-convenção rache o partido, ao invés de uni-lo. ?O partido tem que buscar a unidade, em torno do candidato com mais viabilidade eleitoral?, disse Romanelli.
O deputado peemedebista acha que a discussão sobre a escolha do candidato deveria estar mais avançada. ?Talvez, o diretório municipal devesse reunir o conselho político para discutir o tema de forma mais abrangente. Pessoalmente, não estou convencido que a pré-convenção seja a melhor alternativa?, afirmou.