O coordenador da comunicação social da Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro, tenente-coronel Henrique Lima de Castro, informou hoje que 4.775 policiais trabalharão na segurança da passeata e do comício que vai protestar, no final da tarde de hoje, contra a emenda aprovada na Câmara que tira do Estado recursos dos royalties do petróleo. Ele afirmou que a polícia se preparou para receber até 1 milhão de pessoas. “Se o número for menor do que isso, não tem problema. Estamos preparados para que até 1 milhão se manifeste.”
Serão usados 35 motos, 170 carros, seis ambulâncias, sessenta cavalos e até um helicóptero no policiamento do centro da capital fluminense e de arredores. O governo estadual esperar pelo menos 150 mil pessoas para a passeata convocada pelo governador Sérgio Cabral (PMDB) para a Avenida Rio Branco, no centro. Os manifestantes caminharão entre a Igreja da Candelária e a Cinelândia com a presença de artistas, grupos de funk e escolas de samba.
Prefeituras de cidades do interior organizaram e subsidiaram caravanas para engrossar o movimento. Cerca de mil ônibus devem começar a chegar à capital fluminense no início da tarde. Também participará da manifestação o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB). O Rio contabiliza perdas anuais de R$ 5 bilhões e o Espírito Santo de R$ 400 milhões por ano se a chamada “emenda Ibsen” for aprovada no Senado.
O tenente-coronel afirmou que não foram retirados policiais que fazem patrulhamento de outros pontos da cidade e sim recrutados os que estão em atividades administrativas, em cursos de aperfeiçoamento ou em dias de folga. “Nenhum batalhão reduziu o policiamento, que permanece o mesmo. Alguns batalhões do entorno até foram reforçados.”
O oficial disse que os ônibus vindos de outros municípios deixarão os manifestantes na Candelária e depois ficarão estacionados em pontos próximos ao centro, como o Sambódromo. Na Cinelândia, onde acontecerá o comício, técnicos fazem os últimos preparativos na montagem do palco, onde acontecerá shows, e nos testes de som.