Planilhas apreendidas pela Policia Federal (PF) na Operação Caixa de Pandora revelam que o governador afastado do Distrito Federal Jose Roberto Arruda (sem partido) pôs a tecnologia de gestão de seu governo a serviço do fisiologismo político. Os documentos, aos quais o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, foram encontrados na casa de seu autor, o ex-chefe de gabinete Domingos Lamoglia, braço direito de Arruda na suposta operação do chamado “Mensalão do DEM”.
As planilhas mostram um engenhoso esquema de loteamento de 4,5 mil cargos de confiança na maquina estatal, de livre nomeação, com salários que vão de R$ 600 a R$ 15 mil mensais. Os valores mais altos são destinados a administradores regionais e dirigentes de estatais. A maior concentração está na faixa entre R$ 2,5 mil e R$ 5mil.
Uma equipe comandada pelo ex-chefe da Casa Civil Jose Geraldo Maciel mantinha atualizada a contabilidade do fisiologismo, segundo mostram os documentos. Eles trazem a relação nominal dos apadrinhados, a maioria cabos eleitorais, tabelas de distribuição de cargos por parlamentar e até um gráfico para classificar a posição de cada quinhão no governo do Distrito Federal.
A assessoria do governo informou que a distribuição de cargos de confiança entre aliados é uma pratica legitima, comum a qualquer governo.