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Planalto tenta minimizar impacto da crise Geddel nas votações no Congresso

Com a demissão do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, o posto de principal articulação com o Congresso vai ter um vácuo que pode atrapalhar o “coração” do governo do presidente Michel Temer, que são as chamadas reformas para tentar reativar economia.

Apesar disso, interlocutores do presidente, tentam minimizar a possibilidade de que a votação da PEC do teto dos gastos, que tem o primeiro turno no Senado marcado para o próximo dia 29, seja adiada. Um interlocutor de Temer destacou que ele sempre teve um papel de articulador com os congressistas e caso seja necessário ele atuará mais fortemente no contato com os parlamentares para tentar garantir que a matéria avance.

Hoje, depois de receber a cúpula tucana para um almoço no Palácio da Alvorada, o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves, disse que durante o encontro defendeu que o presidente Temer envie para o Congresso o texto da Reforma da Previdência logo após o primeiro turno de votação da PEC 55. “É ideia dele e nós estimulamos que seja após o primeiro turno e antes do segundo turno, não há necessidade de esperar essa votação”, afirmou.

Interlocutores do Planalto dizem que Temer vai escolher com calma o substituto de Geddel, mas reconhecem que a definição não pode demorar muito justamente para que o trabalho da Secretaria de Governo siga normalmente. Até que um substituto seja escolhido, a secretária-executiva Ivani dos Santos, que é servidora da Câmara e foi durante muito tempo chefe de gabinete da liderança do PMDB, assumirá a pasta de Geddel Vieira Lima. Apesar disso, são praticamente mínimas as chances de que ela permaneça no cargo, que é estritamente político e precisa de um perfil bastante articulador e com boa relação com os parlamentares.

A exoneração de Geddel Vieira Lima foi publicada hoje em edição extra do Diário Oficial da União. O ministro entregou carta de demissão ao presidente Michel Temer na manhã dessa sexta-feira após revelação, ontem, de que Calero disse à Polícia Federal que o presidente Michel Temer interveio em favor dos interesses pessoais do Geddel. Segundo Calero, Temer pediu para que ele resolvesse o impasse.

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