Planalto deve ampliar espaço para grupo de Cid Gomes

O governo deve dar mais um ministério para o grupo de Cid Gomes, de saída do PSB. O governador do Ceará já é um dos padrinhos de Leônidas Cristino, ministro da Secretaria dos Portos. Integrantes do PT defendem que o próprio cearense assuma um ministério de “primeira linha” no início do próximo ano.

O período deve ser marcado pela dança das cadeiras na Esplanada em razão da desincompatibilização dos ministros que irão disputar as eleições em outubro de 2014. “Pela experiência que ele (Cid) tem eu acho que deve ir para o ministério da Educação ou da Saúde no próximo ano”, afirmou o líder do PT na Câmara e vice-presidente nacional do PT, José Guimarães (CE).

As duas pastas estão ocupadas pelos petistas Aloizio Mercadante e Alexandre Padilha, respectivamente. Cid já avisou o Palácio do Planalto que não tem interesse em assumir, ele mesmo, um ministério.

Parte dessa avaliação petista tem como base a decisão de Cid de deixar o PSB por ser contrário à candidatura presidencial do governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos. Cid deveria formalizar o desembarque na noite de ontem (26), em que se reuniria com aliados em Fortaleza. Ele almoçou com o presidente do PSD, Gilberto Kassab. Há possibilidade de ele se filiar ao partido, que conta com a Secretaria da Micro e Pequena Empresa.

‘Timing’

Campos esteve em Brasília nessa quinta-feira, 26. A aliados, disse que seu “timing político” para o lançamento de uma possível candidatura à presidência o mês de março de 2014. A despeito de pontuar com apenas 4% das intenções de voto na pesquisa Ibope, ele avaliou, segundo interlocutores, que o partido saiu na frente dos demais no campo político.

Para caciques do PSB, de um lado o PT ainda vive a sombra de uma possível candidatura do ex-presidente Lula e a provável candidatura à reeleição de Dilma. No ninho tucano, o presidente do PSDB, senado Aécio Neves (MG), e o ex-governador de São Paulo José Serra, não se bicam. No caso da ex-senadora Marina Silva, ela vive a angustia da criação ou não do partido Rede. Segundo integrantes do PSB, ele considera que o cenário “está melhor do que o esperado”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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