O Palácio do Planalto comemorou o desempenho do ex-secretário de Controle Interno da Casa Civil José Aparecido Nunes Pires, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões. Na avaliação do Planalto, Aparecido deixou claro que nem a ministra Dilma Rousseff nem a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, ordenaram a montagem de um dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

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Os assessores disseram que os depoimentos serviram para mostrar, também, que os dados vazados para a imprensa são tão ?banais? que não poderiam, como apontou a oposição, servir para chantagear o ex-presidente, parlamentares ou ex-ministros do governo FHC.

O governo gostou do depoimento porque, até agora, foi mantido o script desenhado para tirar o dossiê da agenda da mídia e do Congresso. A afirmação de Aparecido, de que deixou vazar as planilhas do dossiê ?por descuido?, faz parte de uma estratégia combinada com o Planalto para blindar Dilma.

O ex-secretário assume toda a responsabilidade por saber que, entre outros fatos, a sindicância interna descobriu que ele pediu que os dados do dossiê fossem copiados para um pen drive de sua propriedade. A partir daí, teria ficado sem argumentos para dizer que recebera informações de alguém hierarquicamente acima dele.

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