Amigos, parentes, ex-secretários e partidários do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta acompanham o velório do corpo do ex-prefeito nesta tarde de sábado, na Assembleia Legislativa de São Paulo, na zona sul da capital paulista. Antonio Luiz Rodrigues, coordenador do PTB de São Paulo e membro da executiva estadual do PTB, representa o presidente estadual da legenda, deputado Campos Machado.
“Pitta foi um bom prefeito, mas foi muito discriminado por ser negro. “Foi uma ousadia que, sendo negro, Pitta quis ser prefeito de São Paulo. Era um homem de bem e sempre foi acolhido por nós”, afirmou Rodrigues.
Em nota em sua página na Internet, o presidente estadual do PTB lamentou a morte de Pitta. “A lembrança que vou ter sempre do ex-prefeito Celso Pitta é de um homem simples, humilde, educado, correto com seus amigos e que não passou de uma vítima das trágicas circunstâncias que nortearam sua vida. Fui seu adversário na disputa das eleições da capital, em 1996, e sempre dele tive a melhor das impressões, pelo seu caráter e pelo respeito que ele tinha pela sua origem e pelo seu passado. Perdi um amigo, e o PTB perde um filiado que era um dos maiores defensores do Departamento Afro”, afirmou Machado. Pitta faleceu no Dia da Consciência Negra, 20 de novembro.
Uma bandeira do PTB está sobre o corpo do ex-prefeito, no velório. A viúva de Celso Pitta, Rony Golabeck, e dona Zuleica, mãe do ex-prefeito, de 89 anos, acompanham o velório, sentadas na área reservada ao lado do caixão, no hall da Assembleia Legislativa.
O enterro do corpo de Pitta está previsto para as 17 horas de hoje, no cemitério Getsêmani, no bairro do Morumbi. Pitta morreu ontem à noite, aos 63 anos, no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele estava internado desde 3 de novembro e tinha câncer no intestino. Celso Pitta esteve à frente da Prefeitura de São Paulo de janeiro de 1997 a dezembro de 2000.