O ex-ministro Fernando Pimentel (PT) formalizou sua candidatura ao governo de Minas Gerais. Ele se antecipou ao fim do prazo para o registro e compareceu nesta sexta-feira, 4, ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) acompanhado de seu candidato a vice, o também ex-ministro e deputado federal Antônio Andrade (PMDB), além de correligionários. Neste sábado, 5, último dia de prazo pela legislação eleitoral, o candidato da coligação ao Senado, o empresário peemedebista Josué Alencar, deve registrar sua candidatura, já que não conseguiu chegar a Belo Horizonte hoje a tempo de entregar a documentação com os companheiros de chapa.
Na documentação apresentada Justiça Eleitoral, o PT estipulou teto de R$ 40 milhões para os gastos das campanhas de governador e vice. “Vai ser um milagre se conseguirmos arrecadar isso”, ironizou um integrante da coordenação da campanha petista. Segundo a assessoria de Pimentel, o gasto estimado com a candidatura de Josué é de R$ 12 milhões. O ex-ministro petista declarou também patrimônio de R$ 2,4 milhões, valor 148,24% maior que o declarado quando concorreu ao Senado, em 2010, de R$ 1,6 milhão. Antônio Andrade declarou patrimônio de R$ 4,2 milhões, montante 135,91% superior aos R$ 3,1 milhões que declarou quando foi eleito para a Câmara em 2010.
Segundo o presidente do diretório estadual do PT, deputado federal Odair Cunha, a coligação também pretende lançar 154 candidatos a deputados estaduais e 106 para a Câmara. “Estimamos gasto de R$ 3 milhões para os estaduais e R$ 5 milhões para os federais. Isso de teto”, ressaltou o parlamentar.
Além de PT e PMDB, a coligação em torno de Pimentel conta também com PCdoB, PROS e PRB, o que deve dar à campanha em torno de seis minutos no horário eleitoral gratuito nas rádios e TVs. “Estou muito feliz com a coligação que registramos. (Os aliados) nos dão uma força política muito grande”, afirmou Pimentel. A coligação em torno de seu principal adversário no pleito, o também ex-ministro Pimenta da Veiga (PSDB), deve ser registrada com 20 legendas, inclusive partidos da base da presidente Dilma Rousseff “Os partidos que não se aliaram estadualmente conosco, em muitos casos estão alinhados com a presidente Dilma em nível federal. Isso é bom. Mostra que têm bom senso. Tem que se aliar mesmo com a presidente Dilma porque ela vai ser reeleita”, alfinetou o candidato petista.
Pimentel também fez críticas à economia do Estado, comandado desde 2003 pelo PSDB e hoje sob gestão de Alberto Pinto Coelho (PP), aliado dos tucanos em Minas. “O Brasil é um dos países que tem enfrentado com melhor desempenho a crise econômica internacional. O resultado que o Brasil tem obtido é invejado por quase a totalidade dos países do mundo. Não temos desemprego, a inflação está sob controle, as contas públicas estão equilibradas”, disse. “Queremos atingir uma taxa de crescimento econômico mais compatível com o tamanho do País. E vamos fazê-lo. O que não está bem é a economia de Minas. Patinou, cresceu abaixo da taxa brasileira e não há justificativa para isso”, completou o candidato, segundo o qual seu programa de governo será apresentado nos primeiros programas do horário eleitoral gratuito, com foco na descentralização da gestão.