Coligações

Pimentel faz “mea culpa” pela aliança com PSDB

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, fez neste domingo (13) um “mea culpa” pela aliança com o PSDB que levou a um racha no PT mineiro, principalmente com o grupo ligado ao ex-ministro Patrus Ananias. Ele defendeu a unificação do partido já de olho nas eleições municipais de 2012, assim como na sucessão da presidente Dilma Rousseff.

A proposta foi defendida também por outros líderes petistas que participaram de evento em Belo Horizonte em comemoração aos 31 anos do partido, e revelaram já haver negociações com outras legendas para a disputa presidencial de 2014.

Pimentel e o ex-governador de Minas e atual senador Aécio Neves (PSDB) se uniram em 2008 em torno da candidatura de Marcio Lacerda (PSB), que sucedeu o petista na prefeitura da capital. Mesmo informal, a aliança provocou a ira de parte da militância e da direção do PT. “Mudar de posição, mudar de ideia, aprender com as nossas caminhadas não é nenhum demérito. Pelo contrário, é uma virtude”, afirmou, em discurso.

Conciliação

O tom conciliador do discurso seguiu a linha das declarações oficiais, de unificação da legenda. Segundo o ministro, a prioridade no momento é o partido “estar absolutamente unido em torno do sucesso do governo Dilma e do sucesso do PT nas próximas eleições”. “As próximas eleições são em 2012, 2014, 2016. Queremos estar sempre na chapa vitoriosa”, adiantou.

O interesse foi confirmado pelo presidente do diretório mineiro do PT, deputado federal Reginaldo Lopes, que revelou estar em andamento um acordo principalmente com o PMDB para o fim das disputas por cargos no governo, com a elaboração de uma lista única de indicados para cargos de segundo e terceiro escalões. “Construímos um projeto para 2012 e 2014. Então, não vamos brigar. Vamos manter a aliança. Não precisamos caminhar juntos em tudo, mas temos um objetivo comum”, avaliou.

Bandeira branca

As declarações de Pimentel foram feitas ao lado de correligionários ligados a Patrus Ananias, como os deputados estaduais André Quintão e Rogério Correia. “Esse (mea culpa) é um passo para o partido não se unir só pelo passado, mas para o futuro. Até as pedras da cidade sabem que foi um grande erro, mas depende do grupo do Pimentel sepultar de vez essa aliança com o PSDB”, ressaltou Correia.

Mas os presentes no evento de sábado foram unânimes em afirmar que uma definição sobre candidatura própria na sucessão municipal ou o apoio à possível candidatura à reeleição de Lacerda – que mantém boa relação com os tucanos – só será definido no próximo ano.

Pimentel até admitiu manter um canal aberto com Aécio, pois, segundo ele, “todos os senadores de Minas Gerais são objeto da nossa atenção e, certamente, da nossa interlocução política”. Perguntado se essas conversas poderiam ser em torno de um projeto eleitoral, porém, o ministro disse apenas que “aí é outra questão”.

Ele assumiu que um acordo como o que ocorreu na eleição de Lacerda é improvável, mas também não descartou a possibilidade. “(O PSDB) é um partido que está na oposição ao governo da presidenta Dilma. Então, dificilmente vai compor conosco em nível municipal. Em Belo Horizonte. Agora, no interior pode ser”, disse.

A maior expectativa para o evento deste domingo (13) era o encontro de Pimentel com o ex-ministro de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, mas Patrus Ananias não compareceu devido a um problema no ombro. Porém, Pimentel afirmou que a bandeira branca já foi hasteada por eles e que os dois devem se reunir nas próximas semanas. “Ontem (sábado, 12) mesmo eu liguei Queria encontrar com ele, mas ele está com um problema de saúde e está em repouso. Nós estamos nos falando sempre”, disse Pimentel, referindo-se a Patrus Ananias.

13/02/2011 16:59 – NG/PO/PIMENTEL/MEA CULPA/UNIFICAÇÃO DO PT

Pimentel faz “mea culpa” de aliança com PSDB que rachou PT mineiro

Por Marcelo Portela

Belo Horizonte, 13 (AE) – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, fez neste domingo (13) um “mea culpa” pela aliança com o PSDB que levou a um racha no PT mineiro, principalmente com o grupo ligado ao ex-ministro Patrus Ananias. Ele defendeu a unificação do partido já de olho nas eleições municipais de 2012, assim como na sucessão da presidente Dilma Rousseff. A proposta foi defendida também por outros líderes petistas que participaram de evento em Belo Horizonte em comemoração aos 31 anos do partido e revelaram já haver negociações com outras legendas para a disputa presidencial de 2014.

Pimentel e o ex-governador de Minas e atual senador Aécio Neves (PSDB) se uniram em 2008 em torno da candidatura de Marcio Lacerda (PSB), que sucedeu o petista na prefeitura da capital. Mesmo informal, a aliança provocou a ira de parte da militância e da direção do PT. “Mudar de posição, mudar de ideia, aprender com as nossas caminhadas não é nenhum demérito. Pelo contrário, é uma virtude”, afirmou, em discurso.

O tom conciliador do discurso seguiu a linha das declarações oficiais, de unificação da legenda. Segundo o ministro, a prioridade no momento é o partido “estar absolutamente unido em torno do sucesso do governo Dilma e do sucesso do PT nas próximas eleições”. “As próximas eleições são em 2012, 2014, 2016. Queremos estar sempre na chapa vitoriosa”, adiantou.

O interesse foi confirmado pelo presidente do diretório mineiro do PT, deputado federal Reginaldo Lopes, que revelou estar em andamento um acordo principalmente com o PMDB para o fim das disputas por cargos no governo, com a elaboração de uma lista única de indicados para cargos de segundo e terceiro escalões. “Construímos um projeto para 2012 e 2014. Então, não vamos brigar. Vamos manter a aliança. Não precisamos caminhar juntos em tudo, mas temos um objetivo comum”, avaliou.

Bandeira branca – As declarações de Pimentel foram feitas ao lado de correligionários ligados a Patrus Ananias, como os deputados estaduais André Quintão e Rogério Correia. “Esse (mea culpa) é um passo para o partido não se unir só pelo passado, mas para o futuro. Até as pedras da cidade sabem que foi um grande erro, mas depende do grupo do Pimentel sepultar de vez essa aliança com o PSDB”, ressaltou Correia. Mas os presentes no evento de ontem foram unânimes em afirmar que uma definição sobre candidatura própria na sucessão municipal ou o apoio à possível candidatura à reeleição de Lacerda – que mantém boa relação com os tucanos – só será definido no próximo ano.

Pimentel até admitiu manter um canal aberto com Aécio, pois, segundo ele, “todos os senadores de Minas Gerais são objeto da nossa atenção e, certamente, da nossa interlocução política”. Perguntado se essas conversas poderiam ser em torno de um projeto eleitoral, porém, o ministro disse apenas que “aí é outra questão”. Ele assumiu que um acordo como o que ocorreu na eleição de Lacerda é improvável, mas também não descartou a possibilidade. “(O PSDB) é um partido que está na oposição ao governo da presidenta Dilma. Então, dificilmente vai compor conosco em nível municipal. Em Belo Horizonte. Agora, no interior pode ser”, disse.

A maior expectativa para o evento deste domingo (13) era o encontro de Pimentel com o ex-ministro de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, mas Patrus Ananias não compareceu devido a um problema no ombro. Porém, Pimentel afirmou que a bandeira branca já foi hasteada por eles e que os dois devem se reunir nas próximas semanas. “Ontem (sábado, 12) mesmo eu liguei Queria encontrar com ele, mas ele está com um problema de saúde e está em repouso. Nós estamos nos falando sempre”, disse Pimentel, referindo-se a Patrus Ananias.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna