Pimentel admite que presos no DF trabalharam na campanha

A assessoria do governador eleito de Minas, Fernando Pimentel (PT), admitiu nesta quarta-feira que dois homens presos ao desembarcar de um jatinho em Brasília, portando R$ 116 mil, prestaram serviços à campanha dele. Em nota, a equipe do petista se esquivou de ligação com o episódio: “A Coligação Minas para Você não pode se responsabilizar pela conduta de fornecedores”.

A assessoria de Pimentel informou que Marcier Trombiere Moreira, ex-assessor do Ministério das Cidades, trabalhava na equipe de comunicação da campanha. A Gráfica Brasil Editora e Marketing, do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, também detido, foi fornecedora da campanha.

“As notas fiscais foram emitidas e as despesas serão declaradas na prestação de contas final”, diz a assessoria de Pimentel.

Na nota, a equipe do petista alega que a campanha foi encerrada no domingo passado, dia da eleição, que seria a “data limite para a permanência de qualquer prestador de serviços”. “Pela natureza do serviço prestado pela empresa, a relação com a gráfica já se encerrara”, afirmou.

Benedito, conhecido como Bené, Marcier e um terceiro envolvido foram presos na noite de terça, no Aeroporto Juscelino Kubitschek, portando R$ 116 mil. A Polícia Federal abriu inquérito para apurar a origem dos recursos, que podem ser para campanhas. Eles foram liberados após prestar depoimento.

Marcier era assessor do Ministério das Cidades e se desligou do cargo para trabalhar para Pimentel. Bené foi um dos envolvidos do escândalo do dossiê na campanha da presidente Dilma em 2010. Fornecedor do governo, ele teria sido o responsável por providenciar a casa na qual aliados da candidata teriam montado um dossiê contra o então adversário, José Serra (PSDB).

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