A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Supremo Tribunal Federal que não autorize o empresário Lélis Marcos Teixeira a viajar a Amsterdã para comparecer ao casamento do filho. Teixeira foi condenado a 13 anos de reclusão por corrupção ativa, está cumprindo medidas cautelares e é réu em três ações penais.

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Ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor), ele foi investigado pelas operações Ponto Final e Cadeia Velha, desdobramentos da Lava Jato no Rio. Em ambas, foi identificada sua atuação como um dos principais homens de confiança do ex-governador do Rio Sérgio Cabral em organizações criminosas. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria.

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No parecer enviado ao STF, Raquel Dodge destaca que “não se trata de impedir a participação do réu no compromisso familiar, mas tão somente primar pela efetividade da aplicação da lei penal”.

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Ela ressalta que entre as medidas cautelares que substituíram a prisão de Lélis Teixeira está a proibição de deixar o País, inclusive com recolhimento do passaporte. “Tais restrições da liberdade, que, ressalte-se, já representam benesses incomuns para alguém na situação do requerente, são decorrências naturais e corriqueiras do processo criminal sofrido e encontram fundamento em todos os riscos já alegados nos autos pelo Ministério Público Federal, inclusive pela PGR no parecer ofertado”, pontua Raquel Dodge.

A PGR questiona o fato de o réu ter solicitado ficar na Holanda por oito dias, de 21 a 29 de maio, embora o casamento ocorra apenas no dia 23 do mesmo mês.