O pedido do senador Osmar Dias (PDT) dirigido ao PFL para que o apóie informalmente ao governo não terá eco no partido. Quem garante é o vice-presidente estadual do PFL, deputado Durval Amaral, informando que o apoio ao candidato do PPS ao governo, Rubens Bueno, será sacramentado na convenção que será realizada na próxima sexta-feira, dia 30, das 9 às 12 horas, no Restaurante Madalosso.
A aliança entre PPS e PFL, que garantirá cerca de nove minutos no horário eleitoral gratuito nas emissoras de rádio e televisão, será para as disputas majoritária e proporcional. O PFL irá indicar os candidatos a vice-governador e ao Senado, conforme ficou estabelecido em reunião realizada na segunda-feira, 26, entre as direções dos dois partidos. Um dos nomes cotados para a vaga de candidato a vice-governador é o do ex-vereador Osmar Bertoldi, que concorreu à Prefeitura de Curitiba em 2004.
Para o Senado, o ocupante da vaga também não foi definido ainda. Os pefelistas decidiram, entretanto, que não oferecerão à chapa majoritária nenhum dos pré-candidatos à Câmara dos Deputados e Assembléia Legislativa, que já têm mandato. E também estão excluídos da indicação para o Senado e vice-governador os chamados puxadores de votos do partido. Entre eles está o ex-prefeito de Curitiba Cassio Taniguchi. O PPS também descartou a indicação do deputado Ratinho Júnior, que também é considerado um dos mais votados no PPS.
Pacto
O PFL e o PPS vão apoiar o candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin. Amaral disse ontem que se o PSDB não lançar candidato ao governo e decidir pelo apoio informal ao senador Osmar Dias, o tempo do partido no horário eleitoral gratuito será redistribuído entre as siglas, prejudicando Alckmin. Para Amaral, os tucanos deveriam garantir o tempo da propaganda eleitoral lançando uma candidatura própria ao governo.
O PFL descartou o apoio informal a Osmar, mas Amaral defendeu a realização de um pacto de não-agressão entre os candidatos adversários do governador Roberto Requião (PMDB), que concorrerá à reeleição. Para o vice-presidente estadual do PFL, Bueno, Osmar e o senador Flávio Arns, candidato do PT ao governo, deveriam se comprometer a fazer uma campanha sem hostilidade entre eles para assegurar uma possibilidade de união no segundo turno das eleições.