PFL se reúne e define posição

A aparente tranqüilidade que o novo prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), teria na sua base de apoio na Câmara Municipal pode ser perturbada pela bancada do PFL. O vereador Fábio Camargo, 1.º secretário da Câmara, solicitou à executiva municipal do PFL a convocação de uma reunião na próxima segunda-feira, dia 10, para decidir sobre a posição do partido em relação à administração de Beto Richa. O PFL tem a maior bancada – cinco vereadores – e apoiou a reeleição do tucano João Claudio Derosso para a presidência da Câmara no último domingo, dia 2. Mas encerrada a eleição da mesa executiva, o partido do ex-prefeito Cassio Taniguchi quer discutir a forma de se relacionar com o novo prefeito.

A falta de um convite para integrar o primeiro escalão da administração estimulou a discussão. Na avaliação interna, se estiver na prefeitura, o PFL é responsável pela administração e, nesse caso, estaria formalmente integrado ao bloco de sustentação de Beto. Mas se estiver fora da administração, os vereadores e a direção do partido tendem a se declararem independentes.

O presidente do PFL municipal, Luciano Pizzatto, disse que o partido está começando a se preparar para a sucessão estadual de 2006 e a eleição municipal foi parte desse processo. Apesar de ter lançado candidato próprio no primeiro turno, o ex-vereador Osmar Bertoldi, no segundo turno das eleições municipais do ano passado, os vereadores eleitos e reeleitos do PFL e seus suplentes pediram liberdade para apoiar Beto.

O PFL tinha a expectativa de ser chamado a participar da equipe de Beto. Como não foi, vai marcar posição. Não quer ser coadjuvante dos tucanos e procura seu espaço no plenário da Câmara. Os votos favoráveis à candidatura de Derosso foi o cumprimento de um acordo com o presidente reeleito da Câmara. Entretanto, assinalam os pefelistas, o acordo era com Derosso. E não incluía Beto Richa.

Segundo os cálculos do líder do governo da semana passada, vereador Mário Celso Cunha (PSB), a base de apoio de Beto teria 30 vereadores. Sem o PFL, a sustentação do novo prefeito perde força, mas Beto não perde a maioria.

O Estado procurou ouvir o líder do governo na Câmara, mas o telefone celular do vereador estava fora de área. (Elizabete Castro)

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