Se o senador Roberto Freire desistir de disputar a Presidência da República, o PPS (que teve origem no PCB) pode ser uma opção de coligação para o PFL no Paraná. A sugestão partiu do senador Jorge Bornhausen, presidente nacional do PFL, em sua passagem por Curitiba anteontem, quando se reuniu para uma conversa informal com alguns membros do seu partido. A possibilidade foi levantada por Bornhausen no caso de o PSDB paranaense fechar uma aliança com o PMDB para a reeleição do governador Roberto Requião, em 1.º de outubro.
Em Curitiba, Bornhausen desfez o temor dos pefelistas de ter que se coligar ao PMDB se o partido fizer uma composição nacional com o PFL e PSDB, em torno da candidatura de Geraldo Alckmin. Se o PSDB optar por Requião, o PFL pode subir ao palanque do ex-deputado Rubens Bueno, autorizou o senador. Ele afirmou aos pefelistas paranaenses que, para a sucessão presidencial, é preciso que o partido abra espaço para o PMDB. Mas que no Estado, a lógica não é a mesma.
Ontem, a informação entre deputados do PFL é que a pré-candidatura de Freire pode ser abortada em favor de acordos regionais. E que a exemplo do que já vem ocorrendo no plano nacional, onde PFL e PPS têm atuado juntos na oposição ao governo no Paraná, os dois partidos podem fazer um palanque eleitoral único.
Caminhos
Para os tucanos, a posição do PFL não altera os rumos das articulações eleitorais no Paraná. O vice-presidente estadual do partido, Hermas Brandão (PSDB), afirmou que a busca de um entendimento com o PFL segue normalmente, até porque nacionalmente tucanos e pefelistas já estão juntos trabalhando pela candidatura de Alckmin.
