O conflito entre a bancada estadual do PFL e as executivas estadual e municipal do partido em relação à campanha eleitoral em Curitiba foi resolvido ontem, durante almoço na casa do presidente do diretório municipal, Luciano Pizzatto, que se seguiu à reunião semanal da direção partidária. Foi firmado um pacto de não-agressão aos candidatos de partidos aliados, principalmente o PSDB, o que, além de tranquilizar os deputados estaduais, preservaria as possibilidades e alianças no segundo turno.
“Há uma definição muito clara com referência ao apoio à candidatura própria a prefeito, mas com a visão de que estaremos juntos no segundo turno”, observou o deputado federal Eduardo Sciarra. Participaram do almoço com as executivas pefelistas os deputados Durval Amaral, Élio Rusch e Nelson Justus.
Plauto Miró Guimarâes, que não estava em Curitiba, foi consultado por telefone sobre as decisões do encontro. O pacto de não-agressão deverá ser consolidado mais adiante, provavelmente com um encontro entre o presidente regional do PSDB e pré-candidato do partido à sucessão de Cassio Taniguchi, vice-prefeito Beto Richa, e o pré-candidato pefelista vereador Osmar Bertoldi. Não há previsão de data para essa conversa.
Paz
O deputado Durval Amaral considerou produtiva a conversa de ontem: “Estamos enfim construindo pontes e não detonando alicerces. É importante que todos compreendam a necessidade de não atacar as candidaturas de oposição aos governos estadual e federal. Nós temos a meta comum de conscientizar a sociedade sobre o mal que esses governos vêm fazendo ao descumprir as promessas de campanha. Não podemos canalizar nossas energias para atacar antigos aliados que poderão estar conosco no segundo turno. É uma questão de bom-senso”, ajuntou Amaral, ponderando que os entendimentos ainda precisam de arremates, “o que vai acontecer ao longo das negociações pré-eleitorais”.
O deputado Nelson Justus também se mostrou tranqüilizado com a decisão dos correligionários. “Ficou convencionado que vamos efetivamente apoiar o vereador Osmar Bertoldi, até porque o partido precisa ter candidato próprio para se consolidar como partido.