A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira (8), em Salvador (BA), o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB). A medida é mais uma fase da Operação Cui Bono, um desdobramento da Lava Jato conduzido pelo Ministério Público Federal no Distrito Federal. Geddel deverá ficar preso em Brasília. Ele foi encontrado pelos policiais em sua casa, onde cumpre prisão domiciliar, por volta das 5h40 da manhã.
Na terça-feira (5), a PF encontrou em um imóvel na capital baiana que seria usado por Geddel um “bunker”, com armazenagem de dinheiro em espécie. O valor chegou ao equivalente a R$ 51 milhões, distribuídos em oito caixas e seis malas. A Polícia encontrou as digitais do ex-ministro no apartamento.
Apuração dos desvios
A prisão desta sexta (8) foi autorizada pelo juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara em Brasília. A decisão deve ficar em sigilo até que se cumpram todas as etapas da operação.
A PF cumpre nesta manhã de sexta (8) um total de dois mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão, todos em Salvador.
A intenção é avançar na apuração sobre os desvios de recursos em vice-presidências da Caixa Econômica Federal entre 2011 e 2013. Os investigadores suspeitam que o dinheiro encontrado no “bunker” de Geddel esteja relacionado à propina recebida pelo peemedebista para liberar financiamentos e empréstimos da Caixa a grandes empresas.
O objetivo das medidas cumpridas nesta manhã, segundo o MPF, é obter provas de crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O MPF endossou pedidos feitos pela PF para “evitar a destruição de elementos de provas imprescindíveis à elucidação dos fatos”.
O advogado de Geddel não respondeu os contatos da reportagem até a publicação deste texto.