O diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra garantiu ao deputado federal, e ex-delegado da Polícia Federal, Fernando Francischini (PSDB) que as verbas destinadas pelo Ministério do Turismo à Sociedade Evangélica Beneficente do Paraná (que assinou um convênio idêntico e na mesma data ao que levou a prisão de 38 pessoas no Amapá) já estão sendo alvo de um “pente-fino” por parte da Polícia Federal.
Segundo Francischini, “todas as emendas parlamentares que foram para os estados estão sendo investigadas pela Operação Voucher, para ver se os serviços foram contratados e realizados adequadamente”.
Através de emenda parlamentar do deputado André Zacharow (PMDB), presidente licenciado da instituição, a Sociedade Evangélica recebeu os mesmos R$ 4,4 milhões que o Ibrasi recebeu no Amapá, para executar, no mesmo período, entre 21 de dezembro de 2009 e 30 de junho de 2011, o mesmo programa de treinamento de 1900 agentes turísticos.
O contrato já é alvo de análise do Tribunal de Contas da União (TCU), que identificou, em relatório preliminar, indícios de superfaturamento e direcionamento de licitações.
Em nota, a instituição negou irregularidades na execução do programa, informou que cumpre todos os ritos legais vigentes, “aplicando os recursos em suas finalidades específicas”. Apesar de não informar o número de alunos atendidos, a ONG informou que sete cidades receberam os cursos de formação de agentes turísticos.