A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 20, em parceria com o Ministério da Transparência, Controladoria-Geral da União (CGU) e a Receita Federal, a Operação Hospitator, que mira supostos desvios de recursos públicos federais destinados às áreas da educação, saúde e assistência social das cidades de Abaetetuba e Belém, no Pará. A corporação dá conta de que as fraudes em licitações teriam ocorrido entre 2009 e 2016.

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De acordo com a PF, “ao todo estão sendo cumpridos 20 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão temporária em órgão públicos, empresas, escritórios de contabilidade e residências dos envolvidos”.

“As investigações tiveram início com a apuração de desvio de verbas federais por duas empresas que tinham convênio e contratos com a prefeitura municipal. Após diligências, constatou-se que existia uma rede de empresas e escritórios de contabilidade que atuavam, com anuência de servidores públicos, para vencer ilicitamente licitações. Aproximadamente 25 empresas estão envolvidas no esquema criminosos, várias ligadas à família da ex-gestora municipal, que receberam aproximadamente R$70 milhões da Prefeitura de Abaetetuba/PA, durante os seus mandatos”, diz a PF.

Os presos serão ouvidos na sede da Superintendência Regional da Polícia Federal no Pará e ficarão à disposição da Justiça Federal. “Todo o material apreendido será analisado e periciado na busca de provas e evidências que confirmem os crimes contra a Administração Pública e de Lavagem de Dinheiro no município de Abaetetuba/PA”, segue a PF, em nota.

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De acordo com a Polícia Federal, o nome da operação, “Hospitator”, é referente à “expressão que em latim significa hospedeiro, fazendo referência à atuação prolongada do grupo criminoso na administração do município”.