PF investigará uso indevido de nome da FGV em contrato

A Polícia Federal vai investigar indícios de fraude em um contrato de R$ 9,1 milhões entre o Ministério da Agricultura e a Fundação São Paulo (Fundasp), mantenedora da Pontifícia Universidade Católica (PUC) no Estado. Assinado em agosto de 2010, com intermediação do lobista Júlio Fróes, o contrato teria sido firmado com o uso indevido do nome e do timbre da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que pediu a investigação do caso e a punição dos responsáveis, segundo denúncia publicada hoje no jornal Folha de S. Paulo.

O contrato se destinava ao treinamento dos funcionários do ministério e a Fundasp já teria recebido R$ 5 milhões do montante previsto. Por meio da assessoria, a PF informou que a denúncia será investigada no âmbito do inquérito 1526, aberta no início da semana para apurar corrupção, desvio de dinheiro, tráfico de influência e outras irregularidades no Ministério da Agricultura. As denúncias provocaram a demissão do ministro Wagner Rossi, substituído pelo deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS).

Ainda segundo a PF, a direção da Fundasp será intimada a depor na próxima semana, além dos demais envolvidos. No requerimento protocolado hoje, a FGV alega que os fraudadores do contrato teriam falsificado a assinatura do professor Antônio Dal Fabbro, que coordena o setor de aprimoramento de executivos. Por meio de nota, a Fundasp se dispôs a devolver imediatamente o dinheiro já recebido e anular o contrato, caso fique comprovada a fraude.

A entidade informa que criou comissão de investigação interna para apurar responsabilidades, com acompanhamento de auditoria externa. Reitera ainda sua intenção de colaborar com as autoridades, disponibilizando documentos, pois, segundo informa, “é a maior interessada na apuração dos fatos para esclarecimento da verdade”.

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