A Polícia Federal indiciou criminalmente quatro familiares do governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), no inquérito da Operação “Rei do Gado” – investigação sobre suposto esquema de lavagem de dinheiro no montante de R$ 200 milhões relativos a contratos de gaveta de compra de fazendas e bois.
A informação sobre o indiciamento do pai do governador (Brito Miranda), do irmão (José Edimar Brito), da irmã (Maria da Glória) e da cunhada (Márcia Pires Lobo) pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção foi divulgada pela TV Anhanguera e confirmada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Miranda não foi indiciado, mas ele é alvo de investigação conjunta das Operações Rei do Gado e Ápia.
Nesta terça-feira, 28, a Justiça Federal condenou o governador por ato de improbidade administrativa à perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por até 7 anos e pagamento de multa equivalente a 100 vezes sua remuneração da época (2003/2004, primeiro mandado do peemedebista) em que as irregularidades teriam sido praticadas.
Defesas
Em nota, o governador Marcelo Miranda informa “que não foi notificado da decisão da Justiça que o condenou por improbidade”. “Tão logo seja, os advogados apresentarão recursos à instância superior”.
A reportagem está tentando contato com a defesa dos familiares do governador.