A Polícia Federal analisa as gravações apresentadas pelo ex-ministro Marcelo Calero como prova de que foi pressionado por integrantes do governo Temer a tomar uma decisão que favorecia interesses pessoais do agora ex-ministro Geddel Vieira Lima.
Calero informou à Polícia Federal que gravou o presidente Michel Temer, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Geddel, além de outros servidores do Planalto. Ele entregou uma série de áudios que comprovariam suas acusações.
Conforme investigadores, o equipamento utilizado não era profissional e a qualidade do áudio captado é ruim. Por essa razão, as gravações foram submetidas a um tratamento técnico. Segundo relatos, algumas conversas estão melhores e outras piores. Esse fato justifica a demora na análise do material.
Dessa forma, ainda não é possível dizer quais trechos do diálogo com o presidente Temer relatados por Calero em depoimento à PF foram captados pela gravação. A Polícia Federal só irá encaminhar as gravações para a Procuradoria-geral da República após verificar se o conteúdo confere com as informações prestadas pelo denunciante. São analisados se as conversas têm relação com os fatos narrados.
A PF não pode investigar políticos com prerrogativa de foro sem autorização do STF. Por isso, nessa etapa de análise a perícia não deve entrar no mérito de quem são as vozes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.