A Polícia Federal aguarda decisão da Justiça sobre pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que possa deixar a prisão e acompanhar o velório do neto Arthur, de 7 anos. O menino morreu nesta sexta-feira, 1º, em decorrência de meningite num hospital em Santo André.
Setores da polícia esperam que, caso a Justiça autorize a saída do ex-presidente da superintendência de Curitiba, onde está preso desde abril, a decisão leve em conta o modelo estabelecido pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, no caso da morte de Genival Inácio da Silva, irmão do ex-presidente, em janeiro. Pela decisão de Toffoli, Lula só poderia se encontrar com familiares numa unidade militar.
Na avaliação de agentes federais, a segurança de Lula só será garantida, agora, se a homenagem ao neto por parte do ex-presidente ocorrer em um lugar fechado. Eles consideram um risco o ex-presidente ir ao cemitério ou outro local de acesso ao público – especialmente de militantes do PT e partidos adversários.
Lula foi informado da morte do neto por Sandro Luis, que teve autorização da Polícia Federal para conversar por telefone com o pai.