A Polícia Federal (PF) adiou para amanhã a entrega ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) do relatório da Operação Caixa de Pandora, que investiga suposto esquema de distribuição de propina a políticos e autoridades do Distrito Federal, incluindo o governador José Roberto Arruda, que se desfiliou do DEM. Previsto para ser entregue ontem, o relatório pede a quebra de sigilo bancário e fiscal de Arruda, parlamentares e secretários do governo, acusados de envolvimento no “mensalão do DEM”.
O atraso ocorreu, segundo a PF, porque a análise de vídeos e documentos apreendidos na operação não foi concluída. O relatório – primeiro desde que a operação foi desencadeada, em 27 de novembro – vai detalhar o esquema e a perícia sobre documentos analisados pelo Instituto Nacional de Criminalística (INC). Também vai requerer buscas e apreensões, abrindo a segunda etapa do inquérito.
O objetivo da quebra de sigilo é investigar se os suspeitos tiveram movimentação bancária superior à renda e indícios de enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro, detectados na primeira etapa da operação.
