A Polícia Federal abriu pelo menos 23 novos inquéritos no âmbito da Operação Lava Jato – investigação sobre esquema de lavagem de dinheiro que pode ter alcançado R$ 10 bilhões.

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Os novos inquéritos miram empresas que teriam pago propinas para o engenheiro Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás.

Costa foi preso no dia 20 de março, três dias depois da deflagração da Lava Jato. Em maio, o ministro Teori Zavaski, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar o ex-diretor da estatal petrolífera. No início de junho, Costa voltou a ser preso por ordem da Justiça Federal em Curitiba. O decreto de prisão preventiva contra Paulo Roberto Costa foi restabelecido depois que a Suíça informou sobre o confisco de US$ 23 milhões do ex-diretor depositados em 5 contas naquele país europeu.

Ele é apontado como mentor de organização criminosa da qual, segundo a Polícia Federal, faz parte o doleiro Alberto Youssef, que também está preso. A PF suspeita que Costa recebeu propinas durante sua gestão na Petrobras. Ele montou a empresa de consultoria Costa Global depois que saiu da estatal supostamente para abrir as portas para “clientes” em contratos milionários da Petrobrás.

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São 23 empresas relacionadas nessa nova etapa da Lava Jato. Os nomes de algumas companhias constam da denúncia criminal do Ministério Público Federal que imputa a Costa corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Outras empresas constam de uma planilha apreendida em poder do próprio Paulo Roberto Costa. O Ministério Público Federal requisitou um inquérito para cada empresa que teria repassado valores para o engenheiro. A investigação vai identificar a origem das ligações de Costa com as empresas pagadoras e eventuais contratos por elas firmados com a Petrobras e com outros órgãos públicos. A defesa de Paulo Roberto Costa nega os crimes a ele atribuídos pela Procuradoria da República.