Convidado pela presidente Dilma Rousseff (PT) para um encontro com governadores na próxima semana, o chefe do Executivo do Estado do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), defendeu nesta sexta-feira, o diálogo de colegas de diferentes partidos com o governo.

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“Nada impede a gente de sentar e conversar. O que falta no País é conversa. Nesse ponto, (o vice-presidente) Michel Temer tem um papel preponderante, é o melhor interlocutor, com o Congresso, com os governadores”, afirmou. Pezão disse não saber quem são os outros governadores convidados.

O governador fluminense o tem insistido na defesa de Dilma e na tese de que o PMDB tem responsabilidade de garantir a sustentação do governo. Ao contrário do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que rompeu com a presidente e prega que o PMDB deixe o governo o mais cedo possível, Pezão defende que o partido mantenha o apoio a Dilma até abril de 2018, prazo para que os candidatos nas eleições daquele ano deixem os cargos.

“Estou sempre falando em governabilidade porque é dessa maneira que vamos enfrentar a crise, retomar o desenvolvimento econômico. A gente tem o vice-presidente, tem que ajudar o governo. Não tem que sair. Meu ponto de vista é que devemos ficar até abril de 2018. Não há problema em estar no governo e, no prazo da desincompatibilização, lançar candidato próprio a presidente”, sustentou.

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Pezão lembrou que, no Estado do Rio, o PT ficou no governo até o início do ano passado, quando entregou os cargos e lançou a candidatura do senador Lindbergh Farias a governador. “O PT não construiu um discurso contra a gente?”, disse. Lindbergh teve mau desempenho na disputa e ficou em quarto lugar, atrás de Pezão, reeleito, do senador Marcelo Crivella (PRB) e do ex-governador Anthony Garotinho (PR).