O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, cedeu à pressão do PMDB e decidiu na noite de segunda-feira, 9, ampliar seu período de licença médica até 30 de julho. Na semana passada, o presidente da Assembleia Legislativa e do PMDB no Rio, Jorge Picciani, manifestou-se publicamente pelo afastamento de Pezão por mais tempo e cobrou mais liberdade de ação para o vice-governador Francisco Dornelles (PP).

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“Estamos com dois governadores e sem nenhum governador. Quem tem dois não tem nenhum”, afirmou Picciani. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), também defendeu que Pezão desse autonomia a Dornelles na administração do Estado.

A decisão de Pezão foi comunicada na noite de segunda a Picciani, depois de uma conversa com o vice. Em nota divulgada à imprensa, Pezão afirma que fez uma reflexão sobre as declarações de Picciani e reconhece que Dornelles necessita de mais liberdade à frente do governo.

“Tomei conhecimento da sua manifestação pública relacionada ao exercício do cargo de governador do nosso Estado do Rio de Janeiro, a qual, tenho certeza, foi motivada pela mais absoluta preocupação com o interesse público. Ela me proporcionou a possibilidade de consultar os meus médicos e familiares e fazer uma reflexão mais profunda sobre essa questão, levando em consideração os meus esforços para o restabelecimento da minha saúde e o melhor interesse da população”, afirmou Pezão em nota.

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No texto enviado à Picciani, o governador afirma que Dornelles é “pessoa do mais alto gabarito e merecedor da minha total confiança, necessita de maior liberdade para exercer a tarefa de governar o Rio de Janeiro em um momento de grave crise no Brasil e no nosso Estado”.

Pezão está em licença médica desde 28 de março para tratamento contra um câncer no sistema linfático. O governador já passou por dois ciclos de quimioterapia e ainda se submeterá a uma terceira etapa do tratamento.

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