Parlamentares da bancada do PT na Câmara dos Deputados foram surpreendidos, na manhã desta quarta-feira, 15, com a prisão preventiva do tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, em mais uma fase da Operação Lava Jato da Polícia Federal. Líderes da bancada avaliam que há uma “espetacularização” da ações do juiz Sérgio Moro, que conduz a operação em Curitiba (PR), mas que ainda assim o sentimento geral é o de que Vaccari deve deixar sua função no PT.

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“A avaliação geral é a de que ele tem de sair imediatamente”, disse um dirigente petista que participa de encontro de governadores do Nordeste com a bancada nordestina. Na quinta-feira, 16, a Executiva Nacional do PT se reunirá em São Paulo e a prisão do tesoureiro deverá ser um dos temas principais do encontro.

Na Câmara, os líderes avaliam que aumentará a pressão para a saída de Vaccari da Secretaria de Finanças da sigla. “A prisão muda qualitativamente a situação dele. É um cenário novo que levará o diretório a tomar uma decisão”, disse o vice-líder da bancada do PT na Casa, Afonso Florence (BA).

O parlamentar, que também integra a CPI da Petrobras, disse estar convencido da inocência de Vaccari e considera que alguns presos da Operação Lava Jato podem ter sido vítimas de excessos na investigação. “Quem tem de explicar a prisão de Vaccari é o juiz que determinou sua prisão”, comentou.

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