Sucessão

Petista defende aliança dos partidos da base aliada

O secretário-geral da Executiva Nacional do PT, deputado federal José Eduardo Cardozo (SP), esteve ontem em Curitiba para o lançamento oficial de sua chapa “Mensagem do Partido” ao diretório nacional do partido.

Cardozo disputará a presidência do PT no Processo de Eleições Diretas (PED) do próximo dia 22 de novembro. Em coletiva, ao lado do candidato à presidência do PT do Paraná pela mesma chapa, Márcio Pessati, Cardozo defendeu a atual política de alianças do partido. “Temos clara distinção entre a ação do partido e as ações de governo e para eleições. Para definir a estratégia em cada eleição, temos que fazer análise cuidadosa em cada local, avaliando a possibilidade de vitória e a governabilidade. Claro que não podem ser feitas alianças a qualquer preço, mas podemos, sim, buscar em cada local essa possibilidade”, disse.

“O governo Lula tem hoje um conjunto de forças políticas que queremos manter juntas. E vamos tentar compor em alguns estados, até apoiando candidatos de outros partidos. Nos estados que conseguirmos manter PT, PMDB e PDT unidos, teremos grandes possibilidades de vitória”, acrescentou.

Cardozo classificou como natural o termo de compromisso firmado com o PMDB, que garante ao partido que preside o Senado e a Câmara Federal a candidatura a vice na chapa de Dilma Rousseff (PT). “Já estamos caminhando juntos e é natural que assim sigamos. Esse acerto põe fim a muita especulação e deixa os adversários bastante isolados”, disse.

Cardozo também defendeu a candidatura única dos partidos da base do governo Lula à Presidência, com o objetivo de polarizar a disputa entre PT e PSDB, transformando o pleito do ano que vem em um plebiscito entre duas formas de governar.

“Nunca uma eleição confrontou tão claramente duas ideologias diferentes. Será a candidata do presidente Lula contra o candidato que representa o governo anterior, de FHC. Queremos o embate. Confrontar as duas formas de pensar e de governar. Confrontar o que foi e o que é o Brasil”, disse.

Cardozo, que no último PED do PT, em 2007, foi segundo colocado, perdendo para o deputado Ricardo Berzoini, enalteceu a disputa interna no PT e disse que a estratégia é chegar ao segundo turno (o que não ocorreu em 2007) para, com o apoio dos demais candidatos tentar desbancar o concorrente do campo majoritário, José Eduardo Dutra, ex-presidente da BR Distribuidora.

“É um processo de disputa interna do qual saímos coesos. Tocaremos nas feridas e debateremos os problemas do partido, mas sairemos unidos para enfrentar o outro lado (tucanos)”, disse o candidato que leva como propostas a retomada do PT como produtor de política “e não só como defensor do governo”, valorização da militância e resgate da democracia interna, para não deixar todas as decisões apenas nas mãos da direção partidária.

O candidato à presidência estadual pela “Mensagem ao Partido”, Márcio Pessati também destacou a unidade do partido mesmo no momento de disputa interna. “Na véspera de uma eleição interna conseguimos construir um documento de consenso do partido, como a nota divulgada hoje (ontem) com nossa posição sobre a sucessão estadual, a CPMI do MST e o apoio ao deputado professor Lemos, verbalmente agredido pelo governador Requião e pelo líder do governo Luiz Cláudio Romanelli”.

No Paraná, a chapa “Mensagem ao Partido” é apoiada pelo deputado federal Dr. Rosinha, pelos deputados estaduais professor Lemos e Elton Welter e pela vereadora de Curitiba professora Josete.

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