Sucessão em Curitiba

Pessuti também transfere seu domicílio eleitoral para Curitiba

O ex-governador Orlando Pessuti (PMDB) transferiu seu domicílio eleitoral do interior do estado (Ivaiporã) para Curitiba. Pessuti não tem pretensões eleitorais no próximo ano, mas seus dois filhos, Bruno e Moisés, que nasceram em Curitiba, pretendem disputar as eleições.

Os dois pediram desfiliação do PMDB e ingressaram, na tarde desta quinta-feira, no PSC, que já tem um pré-candidato a prefeito: o deputado federal Ratinho Junior. Segundo o ex-governador, Bruno será candidato a vereador e Moisés aguardará a definição das coligações com o nome à disposição para a vice de Ratinho.

Além dos filhos do ex-governador, também deixaram o PMDB vários colegas do grupo político de Pessuti, como seu ex-secretário de planejamento, Allan Jones, além de várias lideranças comunitárias.

Pessuti justificou a saída dos filhos do PMDB dizendo que eles ficaram de fora do novo diretório de Curitiba, eleito em julho, e que passou a ser comandado pelo senador Roberto Requião. O receio é que se ficassem no partido não teriam garantia de legenda para concorrer no ano que vem. “Todas as pessoas com laços familiares, de amizade ou políticos comigo foram excluídas do processo interno do PMDB de Curitiba. O Bruno tinha cargo nacional do partido (tesoureiro da juventude) e não foi incluído no diretório municipal”, comentou.

A mulher do ex-governador, Regina Pessuti, também descontente com o PMDB de Curitiba, deve seguir o caminho dos filhos e sair do PMDB. Mas, como não participará das eleições do ano que vem, não precisa trocar de partido até amanhã. “Assim, ainda vamos conversar. Pedi para que ela aguardasse”, disse.

Pessuti disse que não saiu do partido para atender a apelo do presidente nacional da legenda, Michel Temer e de outras lideranças nacionais do partido. “Conversei com o Temer em Brasília, ele entendeu a situação dos meninos, mas pediu para que eu ficasse por conta do projeto estadual. Me pediu para ajudar na eleição de vários prefeitos. Me afasto do PMDB de Curitiba, mas me dedico de corpo e alma ao PMDB estadual”, disse, afirmando que, em Curitiba, votará no PSC no ano que vem.

A permanência de Pessuti também ameniza a situação do senador Sérgio Souza (PMDB), seu afilhado político, que ficaria sozinho no partido, já que não pode trocar por conta da fidelidade partidária.

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