Sucessão estadual

Pessuti sonha com chapa entre PMDB, PT e o PDT

Em busca de suporte para o seu projeto de concorrer ao governo do Estado pelo PMDB em 2010, o vice-governador Orlando Pessuti está abrindo as portas para atrair aliados.

Ontem, em mais uma visita à Assembléia Legislativa, Pessuti disse que são várias as composições possíveis em uma chapa que fosse encabeçada por ele. Entre elas, está um acordo que juntasse PMDB, PT e PDT no mesmo palanque.

O vice-governador, que poderá assumir o governo no início de 2010, disse que o senador Osmar Dias, presidente estadual do PDT e pré-candidato ao governo, poderia dividir uma das duas vagas ao Senado com o governador Roberto Requião. Se Requião for candidato, Pessuti assume o governo em março de 2010, já que o governador seria obrigado a deixar o cargo para disputar as eleições.

Nesta composição, o PT poderia indicar o candidato a vice-governador, especulou Pessuti. Ele disse que vê múltiplas possibilidades de acordos partidários pela própria natureza da disputa de 2010. “Como são quatro cargos na majoritária, tem espaço para todo o mundo”, afirmou o vice-governador.

Vantagem extra

Ele considera que, na cabeça de chapa, oferece uma vantagem adicional aos possíveis aliados. Será o único a não usar o mandato como escada para uma reeleição.

Pessuti não poderá concorrer à reeleição, já que assumindo o governo no lugar de Requião, estará automaticamente concorrendo a um segundo mandato em 2010, sem direito a uma nova tentativa.

Pessuti define assim a suposta vantagem de sua candidatura. “Serei o único dos pré-candidatos que não empaca a fila”, afirmou o vice-governador, referindo-se à possibilidade de reeleição, que sempre atrai os ocupantes do cargo.

Desde que o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), foi lançado pré-candidato ao governo em 2010, os peemedebistas passaram a projetar a possibilidade de uma reaproximação entre Osmar e o partido, confiando num rompimento entre o senador e o tucano. Para o presidente estadual do PMDB, deputado Waldyr Pugliesi, é ainda prematuro prever uma reconciliação com Osmar.

“Quando o Osmar fez parte do governo Requião, foi um bom secretário da Agricultura. Mas houve um distanciamento”, reconheceu o dirigente peemedebista. Porém, ponderou: “Mas a política parece ioiô. Hoje, não, amanhã, sim”.

O vice-presidente estadual do PDT, deputado Augustinho Zucchi, não diz que sim nem que não. “Tem muita água ainda para rolar. Mas a nossa prioridade é compor com o grupo”, disse o deputado, que aposta no entendimento com o PSDB do Paraná.

Ioiô