O vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) disse ontem, 10, que não se submeterá a nenhum prazo para mostrar vitalidade nas pesquisas de intenções de votos.

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“O único patamar que tenho que atingir é 50% mais um dos votos em 3 de outubro. E para esta empreitada estou convocando todos os vereadores, prefeitos e deputados do partido”, reagiu Pessuti ao comentar as pressões feitas por deputados estaduais simpáticos a uma aliança com o PSDB e que dão prazo até maio para que o vice-governador chegue a 15% nas pesquisas eleitorais para a disputa ao governo.

Se Pessuti não chegar lá, os deputados dizem que ele mesmo tomará a iniciativa de desistir da candidatura. “Não tenho que desistir de nada. A única coisa da qual desisti da minha vida foi assumir o cargo vitalício de conselheiro do Tribunal de Contas porque eu tinha um projeto de continuar na vida política. A minha quota de desistência já está resolvida”, disse o vice-governador.

Ele assume o governo no próximo dia 1 e tenta levar adiante a candidatura à sucessão do governador Roberto Requião, contra a vontade de uma parcela do partido que prefere apoiar à pré-candidatura do prefeito de Curitiba, Beto Richa, ao governo.

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Pessuti lembra que em 1989, o governador Roberto Requião era o terceiro colocado nas pesquisas, atrás do ex-governador José Richa e do ex-deputado José Carlos Martinez. “E o Requião venceu a eleição”, lembrou.

Preparativos

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Pessuti está discutindo com Requião como ficará a equipe após o afastamento do atual governador. O vice-governador acredita que terá que substituir cerca de dez secretários e diretores de estatais que se afastam de seus cargos para concorrer às eleições.

Ele não revelou nenhum dos nomes que irá incorporar ao governo, mas definiu as trocas como uma “simples recomposição” na equipe para preencher aqueles cargos que ficarão vagos com a saída dos candidatos. “Não está acabando um governo e começando outro. É o mesmo governo e por isso não vamos virar nada ao avesso”, afirmou.

Na Assembleia Legislativa, os deputados aguardam também o anúncio dos novos líderes do governo e da bancada peemedebista. O atual, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), será substituído por Pessuti. “O líder da bancada quem escolhe é a bancada. O líder do governo eu vou escolher depois que conversar com os deputados”, disse.

A lealdade ao projeto de candidatura própria poderá orientar a escolha do novo líder, admitiu o governador. “Tem que ter lealdade ao nosso governo. Eu entendo que todos os que estão defendendo os interesses do governo do Estado também defendem a proposta de candidatura própria. Então, acho que não haverá dificuldades”, resumiu.