Sucessão

Pessuti pede mais apoio da bancada do PMDB

O vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) pediu ajuda aos deputados federais e estaduais do partido para levar adiante sua pré-candidatura à sucessão do governador Roberto Requião (PMDB) no próximo ano.

O apelo foi feito ontem, durante reunião em Curitiba, convocada pelo vice-governador para discutir sobre os orçamentos do Estado e do governo federal para o próximo ano. Pessuti deve assumir o governo, em quatro meses, quando o governador Roberto Requião deixar o cargo para se candidatar às eleições do próximo ano.

Nos últimos dias, o vice-governador se deu conta que seu projeto eleitoral estava ficando cada vez mais debilitado com o avanço das negociações conduzidas por setores do PMDB para fechar uma aliança com o PSDB em apoio à candidatura do prefeito de Curitiba, Beto Richa, ao governo do Estado. No encontro de ontem, reclamou da falta de amparo interno.

Disse aos deputados que as dissidências não prejudicam apenas ao “candidato Pessuti”. Mas que o maior dano será sentido pelo partido, pelo qual todos vão disputar a eleição.

Um dos participantes da reunião, o presidente estadual do PMDB, deputado Waldyr Pugliesi, afirmou que o discurso de Pessuti foi bem recebido pelos deputados, que teriam se comprometido a colaborar. Interlocutores da ala que trabalha para unir o PMDB e o PSDB, os deputados Luiz Claudio Romanelli e Alexandre Curi também participaram da conversa.

“Tanto o Alexandre como o Romanelli já deixaram claro que se o Pessuti for o candidato, terá o apoio de todos. Eles nunca disseram que não apoiariam o Pessuti. Ao contrário, eles dizem que se ele for candidato mesmo, terá o apoio de todos”, contemporizou o dirigente do diretório estadual do PMDB.

Durante a conversa, Pessuti comentou as razões de ter reagido ao discurso do prefeito de Curitiba, durante evento realizado em Pinhas, na sexta-feira passada. O vice-governador relatou que identificou no discurso do prefeito sobre a cobrança de pedágio no Estado uma crítica ao governo do PMDB que não conseguiu reduzir as tarifas.

No encerramento do Encontro dos Empreendedores Rurais, Beto disse que a produção agrícola do Paraná tem dois gargalos, as tarifas do pedágio e a ineficiência do Porto de Paranaguá.

O vice-governador retrucou, lembrando ao prefeito de Curitiba que o tucano era deputado estadual quando a Assembléia autorizou a implantação da cobrança de pedágio no Estado.

O vice-governador considerou as declarações do prefeito de Curitiba ofensivas ao atual governo. Aos deputados, afirmou que reagiu para defender a administração peemedebista que, desde 2004, busca formar de reduzir as tarifas de pedágio. “O Pessuti disse que não poderia deixar de rebater as críticas já que se trata de uma batalha do governo peemedebista”, disse Pugliesi.