Pessuti nega aliciamento de prefeitos

O vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) disse ontem que o líder da oposição, Valdir Rossoni (PSDB), estava sem assunto para atacar o governo ontem, quando resolveu denunciar a cooptação de prefeitos para se filiar ao PMDB. Pessuti foi acusado por Rossoni – junto com um grupo de secretários, que o líder da oposição não nominou – de prometer a liberação de recursos públicos para prefeitos que aceitarem entrar no PMDB.

Pessuti observou que para ter o mínimo de sustentabilidade, a denúncia de Rossoni deveria vir acompanhada de nomes e cidades. "Esse tipo de acusação não tem o menor nexo. Como líder da oposição, ele não queria deixar passar em branco o dia e tinha que falar contra alguém. Nestes 39 anos de filiação e militância no PMDB, nunca precisei cooptar ou oferecer qualquer vantagem a alguém para entrar no nosso partido. Assim como aqui na secretaria, todos os prefeitos, independente de partido, são atendidos", afirmou o vice-governador.

Segundo Rossoni, o crescimento do número de prefeitos filiados ao PMDB – de noventa eleitos no ano passado para 150 prefeituras atuais – é resultado da pressão do governo. "É só verificar as filiações e vão ver que prefeitos que precisaram do meu apoio, do Alvaro e do Hermas estão indo para o PMDB", disse o líder da oposição, que se recusou a identificar os alvos de um suposto assédio do Palácio Iguaçu, justificando que não pode expor os prefeitos, que poderiam ser discriminados pelo governo.

Para o vice-governador, a atração do PMDB sobre os prefeitos é parte de um processo que vem de longe. "Isto sempre aconteceu em relação ao partido que está no governo. Quando nós não estávamos no governo, e eram eles que estavam lá, qual era o partido com maior número de prefeitos? É natural que os prefeitos queiram estar na base de apoio do governo", comentou.

Ideologia

O vice-presidente estadual do PMDB, deputado Nereu Moura, que há uma semana filiou em conjunto um grupo de onze prefeitos ao PMDB, disse que Rossoni está atribuindo ao seu partido uma prática que vigorou no governo Lerner, do qual era líder na Assembléia Legislativa. "Os onze prefeitos foram de livre e espontânea vontade para o PMDB. Os políticos aliados ao Lerner costumam julgar o governo atual por aquilo que eles faziam. Só que nós não fazemos assim. Quem vem para o PMDB tem que vir com bandeira e não com fisiologismo. Terão que estar conosco na doença, na dor, no choro e na alegria", disse.

Moura chamou de "conversa fiada" a acusação do líder da oposição. "Desde que o Lerner saiu do governo, o Paraná ficou livre da prática da barganha. Acabou a época do toma-lá-dá cá. É coisa do passado", disse o dirigente peemedebista. Moura disse que o perfil do governador não comporta esse tipo de acusação.

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