Apesar do clima de apreensão que envolve alguns secretários e auxiliares de primeiro escalão mais próximos ao governador Roberto Requião (PMDB), o vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) sinaliza que não pensa em fazer uma reforma muito profunda na equipe quando assumir o governo, a partir de abril.

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Pessuti, que está se preparando para substituir Requião que deixa o cargo para disputar a eleição, provavelmente uma das vagas ao Senado, afirmou que as trocas serão, no máximo, remanejamentos.

As exceções são os ocupantes de cargos que vão deixar o governo para disputar as eleições, conforme obriga a legislação eleitoral. “Calculamos que quinze pessoas saem para disputar as eleições. Esses têm que ser substituídos. Os demais, se mexer, é por remanejamento”, disse.

Mas Pessuti já imagina que precisa ter uma margem de manobra para contemplar algumas composições eleitorais que pretende fechar em torno de sua pré-candidatura ao governo.

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“Teremos que acomodar as novas parcerias políticas”, disse o vice-governador, que busca apoios do PT, PTB, PP, PV e PC do B para montar uma aliança à sucessão estadual. O vice afirmou que as trocas serão orientadas pela matriz do atual governo. “Eu ajudei a montar esta administração.

Então, é natural que a coisas aconteçam de forma a assegurar a continuidade das políticas públicas. Queremos fazer uma reorganização com integração do governo”, comentou.

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Uma das posições que despertam mais curiosidade sobre se haverá mudança de titular ou não é na direção do Museu Oscar Niemeyer, ocupada por Maristela Requião. Em entrevista no final do ano passado, Pessuti já disse que Maristela ficará, se quiser.

Mas permanece a dúvida sobre a presidência do Provopar (Programa do Voluntariado Paranaense), onde está Lúcia Arruda, irmã do governador. Regina Pessuti, a futura primeira dama, estaria tentada a reivindicar o espaço.

Na lista dos que devem sair para disputar as eleições estão: secretária de Ciência e Tecnologia, Lygia Pupato, o presidente da Cohapar, Rafael Greca, o secretário do Trabalho e Ação Social, Nelson Garcia, o secretário de Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, do PV; e o secretário da Saúde, Gilberto Martin.

Todos apontados como candidatos a uma cadeira na Assembleia Legislativa. Lygia Pupato também apresentou seu nome para concorrer ao governo pelo PT. A lista dos candidatos a deputado estadual ganha mais uma adesão.

O secretário especial de chefia de gabinete, Carlos Augusto Moreira, desistiu de concorrer à Câmara dos Deputados. Refez os planos e confirmou que pretende disputar uma vaga na Assembleia Legislativa.

Já o grupo dos integrantes do governo que pretendem disputar mandato de deputado federal registrou uma baixa. O chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, preferiu cuidar da saúde e não irá disputar a eleição. Não sabe se continuará no governo.

“O meu compromisso é até o final do mandato do Requião”, disse. O presidente do IAP, Victor Hugo Burko, e o secretário de Controle Interno do governo, Melo Viana, do PV, ambos do PV, permanecem na lista dos postulantes à Câmara dos Deputados. Onde também pode entrar o secretário especial do governo do Paraná, em Brasília, Eduardo Requião.

Nas direções gerais das secretarias e companhias também se cogitam candidaturas. Entre elas a da ex-deputada e coordenadora da Região Metropolitana de Londrina, Elza Correia, o presidente do Tecpar, Aldair Rizzi, do PMDB; três diretores da Sanepar: o diretor comercial, Natálio Stica, do PV; o diretor administrativo Hermes da Fonseca, do PT e o diretor de Relações com os Investidores, Valter Pegorer, do PMDB.