O governador Orlando Pessuti (PMDB) anunciou ontem mais sete substituições no primeiro escalão de sua equipe. Ao contrário dos anúncios dos novos secretários feitos na semana passada, em substituição a secretários que deixaram seus cargos para se desincompatibilizar para as eleições de outubro, desta vez as trocas no secretariado e na presidência de uma empresa pública ocorreram por decisão do governador. E Pessuti mexeu em áreas e pessoas estratégicas para seu antecessor, Roberto Requião (PMDB), exonerando, por exemplo, os secretários de Segurança, Luiz Fernando Delazari, de Transporte, Rogério Tizzot e de Comunicação Social, Benedito Pires, além do procurador-geral do Estado, Carlos Frederico Marés. Pessuti também teria demitido o presidente da Copel, Rubens Ghilardi.
“Estamos fazendo os remanejamentos que entendemos necessários para darmos a celeridade que o Governo precisa para agir nos próximos meses, dando continuidade ao trabalho iniciado em 2003 com o (ex) governador Roberto Requião. Esta reorganização é necessária para substituirmos as pessoas que foram exoneradas em função da disputa eleitoral”, explicou Pessuti, que substituiu, ainda, o secretário de Planejamento e nomeou o novo secretário de Ciência e Tecnologia (Lygia Puppato havia deixado o cargo ainda no governo Requião). No Planejamento, Pessuti nomeou Allan Jones, ex-diretor geral da Secretaria do Meio Ambiente e, para Ciência e Tecnologia, foi indicado Nildo Lubke, ex-chefe de Gabinete de Pessuti.
A mudança mais comentada foi a do secretário de Segurança. Luiz Fernando Delazari comandou a pasta nos sete anos de governo Requião, pedindo, inclusive, exoneração do cargo de promotor de Justiça, abrindo mão de carreira no Ministério Público Estadual para continuar no governo. Apontado como possível candidato a deputado federal, Delazari não se desincompatibilizou no prazo de 3 de abril, não podendo participar das próximas eleições. Ao tomar posse, Pessuti declarou que iria enfrentar de verdade o desafio da Segurança Pública e não descartou a troca do secretário, que confirmou ontem, nomeando o coronel Aramis Linhares Serpa, ex-comandante dos Comandos do Policiamento da Capital e do Interior, e ex-coordenador do Projeto Povo da Polícia Militar.
Na manhã de ontem, em entrevista no Palácio das Araucárias, Pessuti anunciou, também, os nomes do novo secretário de Comunicação, Ricardo Cansian, ex-presidente da Ambiental Paraná Florestas, substituindo Benedito Pires, um dos secretários mais próximos de Requião, e de Mário César Stamm Junior, que trabalha há mais de dez anos como assessor de Pessuti para assuntos logísticos e de transporte rodoviário e ferroviário, no lugar de Tizzot nos transportes. Pessuti ainda não escolheu o novo procurador-geral do Estado. A demissão do presidente da Copel, Rubens Ghilardi, não foi confirmada pelo Palácio das Araucárias, mas foi anunciada por Requião no twitter. Trocas de comando em empresas públicas têm de ser submetida a seus conselhos. Com as alterações de ontem, Pessuti já trocou 16 nomes em seu secretariado.