O governador Orlando Pessuti (PMDB) integrou-se ontem à campanha do senador Osmar Dias (PDT) ao governo. O peemedebista, que desistiu de ser candidato em favor da aliança com Osmar, juntou-se à chapa majoritária da coligação, em Apucarana. Na companhia do candidato a vice-governador Rodrigo Rocha Loures (PMDB) e da candidata ao Senado, Gleisi Hoffmann (PT), Osmar e Pessuti seguem juntos hoje para Salgado Filho. “Vou botar o pé na estrada por este projeto. Osmar sempre foi meu amigo e só fomos adversários uma vez. E neste ano, um dos dois tinha que abrir mão para que continuássemos juntos”, disse o governador.

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Nos próximos dois meses e meio, Pessuti pretende reservar os sábados e domingos para ajudar Osmar na campanha no interior do estado. Durante a semana, para não correr riscos de colidir com a legislação eleitoral, o governador pretende dedicar as noites para pedir votos em Curitiba e região metropolitana. “A participação do Pessuti nessas atividades é de fundamental importância para nós. É uma grande liderança em todo o Estado e admiramos seu gesto de grandeza em abrir mão da própria candidatura para construir esse projeto conjunto”, afirmou o candidato ao governo.

Revezamento

Quando Pessuti entra no roteiro, o ex-governador e candidato ao Senado Roberto Requião sai. A relação entre os dois desmoronou e o governador faz questão de dizer que tem “cem por cento de compromisso” com a eleição de Osmar e Rocha Loures, Dilma Rousseff para a presidência da República e de Gleisi Hoffmann ao Senado.

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Quanto a Requião, Pessuti é claro. “Não pretendo ficar desmerecendo-o como ele faz comigo. Mas tenho com ele o mesmo compromisso que ele teve com a nossa pré-candidatura ao governo. Eu toco a minha vida e ele a dele”, afirmou o governador.

Ele confessou que tem também uma “ponta de ressentimento” em relação a alguns deputados estaduais que também trabalharam contra a candidatura dele ao governo. “Mas não me arrependi de ter saído em apoio a esta coligação. Não estou chorando nada. É que ficou uma pontinha de dor no coração sobre os comportamentos durante o processo de discussão da candidatura”, justificou.

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Algodão

Nas andanças com Osmar, Pessuti também terá a função de administrar as rivalidades locais entre PMDB e PDT. “O que eu tenho dito para o pessoal é que temos que superar essas divergências locais. O que não é tão difícil como foi no meu caso, que abri mão de uma candidatura pela qual eu lutava há anos. E eu fiz. E estou aqui de peito aberto”, afirmou. Para Pessuti, apesar de defecções de algumas lideranças, a maioria do PMDB não está tendo dificuldades em trabalhar por uma chapa com Osmar à frente. “Eu acho que as coisas vão bem. A coligação como um todo, o PT, o PMDB e o PDT estão fechados”, afirmou.