Ontem, pela primeira vez, o governador apareceu no programa eleitoral do pedetista, pedindo votos para Osmar.
Um vídeo gravado por Pessuti, exclusivamente para o programa eleitoral de Osmar foi exibido na tarde de ontem, seguido pela gravação em que a candidata Dilma Rousseff (PT) pede votos para o pedetista.
No vídeo, Pessuti declara que abriu mão de sua candidatura em favor da aliança política e responde a quem contesta o pragmatismo da aliança, dizendo que Osmar se uniu a antigos adversários para ter viabilidade eleitoral.
“O Osmar é nosso companheiro há mais de 30 anos. Estivemos juntos nas grandes lutas em defesa dos interesses do Paraná. Juntos, evitamos que a Copel fosse vendida, e hoje a empresa é referência internacional. No Senado, Osmar muito nos ajudou a acabar com a injusta multa do Banestado”, declarou Pessuti, que, na gravação, promete empenhar-se na campanha. “Agora é hora de irmos á luta. Vamos vencer essa eleição. O Osmar é nosso candidato a governador”.
Pessuti aprece pela primeira vez no programa de Osmar na semana seguinte às críticas que recebeu por estar afastado da campanha (passou 10 dias nos Estados Unidos) e após ter dado declarações questionando a estratégia adotada por PMDB, PDT e PT nesta campanha.
Em entrevista à Rádio Band News, Pessuti declarou, na semana passada, que, apesar de ter aceitado retirar sua candidatura para permitir a aliança das três legendas da base do governo Lula já no primeiro turno, considerava que, se estivesse da disputa, a eleição iria para o segundo turno e daí, os três partidos se uniriam focando todas suas atenções à candidatura para o governo (dele ou de Osmar) não tendo que dividir as atenções entre as campanhas para o Senado e para as eleições proporcionais.
Segundo Pessuti, sua estratégia facilitaria a eleição de um governador da chapa, evitando o risco de o adversário, Beto Richa (PSDB) vencer a eleição no primeiro turno, devido à inexistência de uma terceira candidatura forte.
Apesar de questionar a estratégia, Pessuti declarou que, nesta reta final, entraria “de corpo e alma na campanha de Osmar, correndo o estado e participando de gravações”. O governador está cumprindo a promessa.
Sem ataques
Nos programas eleitorais desta segunda-feira, nem a campanha de Osmar Dias, nem a de Beto Richa (PSDB) repetiu os vídeos de campanhas passadas para apontar contradições dos adversários, estratégia utilizada por ambos no programa eleitoral de sexta-feira, quando, à tarde, os tucanos exibiram gravação em que Osmar declarava apoio à reeleição de Beto como prefeito de Curitiba, em 2008, “independente do que ocorrer em 2010”; e os pedetistas exibiram entrevista em que Beto assumia o compromisso de cumprir os quatro anos de mandato na prefeitura da capital.