O ex-governador Orlando Pessuti (PMDB) disse nesta terça-feira, 19, na Assembleia Legislativa, que deixou um R$ 1,1 bilhão de superávit no caixa do Estado. O número, segundo Pessuti, consta do balanço geral de 2010 enviado pelo secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, ao governador Beto Richa (PSDB), que reencaminhou o relatório à Assembleia Legislativa.
Pessuti esteve na Assembleia Legislativa para pedir aos peemedebistas que se contraponham às críticas do governo tucano que o acusa de deixar um rombo de R$ 4,5 bilhões nos cofres públicos. O Secretário Especial do Controle Interno, Lauro Munhoz, disse que Pessuti e o senador Roberto Requião seriam denunciados ao Ministério Público por atos lesivos ao patrimônio público. “Não tivemos acesso a esse relatório completo. Só sabemos o que eles mostraram nas transparências exibidas pelo Durval (secretário da Casa Civil). Vamos esperar para ver“, comentou.
O ex-governador disse que parte das dívidas atribuídas ao seu governo tinham provisão de pagamentos em contas bancárias para 2011. E aquelas sem cobertura se referem a obras que sequer foram iniciadas, emendou. “Vamos conversar com os deputados para preparar a fórmula do contraponto. Colocaram na minha conta R$ 1 bilhão de dívidas trabalhistas, que ainda estão sendo discutidas administrativa e judicialmente. Nenhuma é de 2010”, afirmou o ex-governador.
Apenas o líder da bancada do PMDB, Caito Quintana e o líder da bancada de oposição, Ênio Verri (PT), que foi secretário de Planejamento do governo Requião tem ajudado na defesa de Pessuti. O ex-governador afirmou que ele e Requião não são os únicos que têm a obrigação de defender os seus governos, mas também os deputados da base aliada, incluindo aqueles que atualmente integram o governo de Beto Richa.
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