O PMDB já começou a discutir como é que vão ficar as posições de representação do governo e comando do partido depois do dia 31, quando o governador Roberto Requião deixa o cargo para disputar as eleições deste ano.

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Com a posse do vice-governador Orlando Pessuti, as lideranças do governo e da bancada serão trocadas. O atual líder do governo, Luiz Claudio Romanelli, antecipou-se e disse que deixa o cargo no momento em que Pessuti desejar.

“A escolha do líder é uma prerrogativa do chefe do Poder Executivo”, disse. Mas negou que tenha pensado em tomar a iniciativa já na próxima semana. “Fui convidado para ser líder do Requião e fico até o último dia do mandato dele. Mas o próximo líder, seja quem for, terá meu total apoio”, afirmou.

Para o lugar de Romanelli, já se candidatou ao posto o deputado estadual Cleiton Kielse. Um dos critérios de escolha para o próximo líder deve ser, além da afinidade com o estilo de Pessuti, a fidelidade ao projeto da candidatura própria do partido ao governo.

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Interlocutor da ala que articula o apoio do PMDB à pré-candidatura do prefeito de Curitiba, Beto Richa, ao governo, Romanelli já seria eliminado de imediato. Na bancada, a avaliação é que a posição deve ficar com aqueles que estão comprometidos com a candidatura de Pessuti à sucessão de Requião.

Na liderança da bancada, poderá permanecer o presidente estadual do PMDB, deputado Waldyr Pugliesi. Uma das propostas é que Pugliesi assumisse desde já o governo, deixando a liderança da bancada para Romanelli. Mas a princípio, a fórmula foi descartada.

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Estão cotados para a posição os deputados Artagão de Mattos Leão Junior e Nereu Moura. Entre os dezesseis deputados peemedebistas, Pessuti tem menos da metade como aliados da sua pré-candidatura ao governo. A preocupação dos deputados é que sua campanha não ganhe vitalidade e comprometa os projetos de reeleição da bancada.

Até agora, o vice-governador nunca ultrapassou a marca de 9% nas pesquisas de intenções de votos. O deputado Dobrandino da Silva, que não pretende disputar as eleições legislativas este ano, acha que o patamar não define o potencial da candidatura de Pessuti.

“O fato novo, relevante, é que o Pessuti irá assumir o governo. Com isso, a candidatura pode ganhar mais viabilidade”, afirmou. Para Dobrandino, os primeiros sessenta dias de governo podem ser decisivos para Pessuti. “É tempo suficiente para ele dar uma guinada”, afirmou o peemedebista, que causou polêmica no ano passado ao filiar o filho, o ex-prefeito Sâmis da Silva, no PSDB.