Voto 2010

Pessuti critica PT e PDT por rifarem sua candidatura

O governador Orlando Pessuti (PMDB) criticou ontem a estratégia dos aliados PT e PDT de disputarem a eleição ao governo do Estado com uma candidatura única.

Pessuti, que pretendia ser candidato ao governo pelo PMDB, disse em entrevista à rádio BandNews, de Curitiba, que se os partidos da base de apoio do presidente Lula tivessem montado dois palanques, estava garantida a realização de segundo turno no Paraná. “Não estou dizendo que foi um erro. Foi uma estratégia que pode ser que não dê certo”, atacou.

Fábio Alexandre
Pessuti: “Ninguém é de ferro”.

Sem a perspectiva de segundo turno e com o candidato do grupo, o senador Osmar Dias (PDT), em segundo lugar nas pesquisas de intenções de votos, Pessuti desabafou que todo esforço deve ser feito nestes vinte e nove dias que restam de campanha. Nenhum dos outros cinco candidatos ao governo está pontuando para abrir a possibilidade de um segundo turno.

“Eu sempre disse que estava pronto para disputar as eleições e que tinha convicção de que, com Beto, Pessuti e Osmar, teríamos uma eleição em dois turnos. Só com dois candidatos, temos que resolver no primeiro turno”, queixou-se o governador.

Entre as dificuldades citadas por Pessuti, está o distanciamento dos candidatos a deputado federal, a deputado estadual da campanha majoritária. “Eu defendia as três candidaturas porque neste primeiro turno tem eleição para deputado. E cada um está preocupado com sua campanha. Até o presidente da República está mais preocupado com a sucessão dele. Então, o candidato ao governo tem que se virar por conta porque a maioria está cuidando mais do seu interesse eleitoral”, afirmou.

Pessuti disse que, mesmo com os percalços, acredita que Osmar pode vencer a eleição. Mas deixou claro que a coordenação de campanha do pedetista demorou para pedir a ajuda dele e que é necessário que haja um compromisso de todos os partidos da coligação com a candidatura ao governo.

“Agora, estou sendo convocado a percorrer o Paraná e fazer gravações”, informou o governador, que também foi cobrado pelos aliados por ter se ausentado da campanha eleitoral, durante dez dias, em uma viagem aos Estados Unidos, que teve passeio pela Disneylândia, em Orlando, na Flórida. “Ninguém é de ferro”, respondeu o governador, justificando que foram apenas algumas horas de lazer em meio à uma agenda de trabalho.

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