O governador Orlando Pessuti não votou na proposta de candidatura própria do ex-governador Roberto Requião (PMDB). Ele não era um dos delegados do Paraná à convenção com direito a voto e foi à Brasília com a intenção de conversar com as direções nacionais do PMDB e PT para garantir uma aliança entre os dois partidos em torno da sua candidatura. Pessuti afirmou que a tese da candidatura própria do PMDB à presidência da República perdeu força quando Requião deixou de lado a sua campanha como pré-candidato há alguns meses. “Ele não poderia ter recuado no meio do caminho. Ele esmoreceu e há dois ou três dias da convenção, apresentar o nome, fica bem difícil”, afirmou.
Pessuti não acredita que Requião vá se opor à sua candidatura ao governo na convenção do partido marcada para o próximo domingo. “Eu acho que ele vai refletir e pensar no que é melhor para o partido e à candidatura dele ao Senado. Eu acho que temos que marchar unidos para que o PMDB possa eleger o governador, um senador e uma boa bancada de deputados estaduais e federais”, disse. Para o governador, ainda é tempo de incluir o PDT na costura do acordo com o PT. Mesmo não abdicando da candidatura à reeleição em favor da candidatura do senador Osmar Dias ao governo, Pessuti avalia que a base do presidente Lula poderia se dividir em dois ou três palanques no primeiro turno das eleições, deixando a coligação para o segundo turno. Como o senador Osmar Dias não concorda com a proposta, Pessuti está direcionando seus esforços para assegurar o apoio do PT à sua candidatura. Mas a bancada estadual cobra de Pessuti a garantia de uma coligação na disputa à Assembleia. A proposta é rechaçada pelo PT.