O vice-governador Orlando Pessuti admitiu que a definição de candidatos nunca foi um processo fácil no PMDB, mas lembrou que a escolha também é conturbada nos outros partidos.

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“Há sempre tumultos e agitos em qualquer candidatura”, afirmou o vice-governador, que trabalha para se firmar como candidato à sucessão do governador Roberto Requião na eleição do próximo ano.

Para construir a candidatura, Pessuti tem o desafio de envolver o governador na campanha, assim como convencer deputados estaduais e federais de que poderá ser um bom puxador de votos para a disputa proporcional. Pessuti disse que, comparada aos demais partidos, a situação no PMDB não é tão diferente assim.

Ele citou o caso do PSDB, onde existem dois candidatos, o prefeito Beto Richa e o senador Álvaro Dias, do PDT, onde o senador Osmar Dias tem que se resolver com o irmão Álvaro para ser candidato, e do PT, onde segundo ele, haveria dissonâncias entre a presidente estadual do partido, Gleisi Hoffmann, e o ministro Paulo Bernardo.

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“O ministro fala uma coisa e a Gleisi não diz a mesma coisa”, afirmou sobre as posições dos petistas em relação às negociações com o PMDB para a aliança no próximo ano.

Pessuti lembrou ainda que o prefeito Beto Richa e o ex-ministro Euclides Scalco, seu padrinho de batismo e ex-coordenador de campanha, estão distanciados. “Se formos comparar, pelo menos no PMDB não temos problemas de caráter sanguíneo. Nos outros tem problemas entre irmãos, entre esposo e esposa e até entre afilhado e padrinho”, declarou.

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Ele disse que em anos de parceria política, já teve vários entreveros com Requião, mas que tudo sempre acabou bem. “Ele me quis como vice dele duas vezes. E o que importa é que, na hora certa, o Requião será tão bom cabo eleitoral como eu fui para ele quando foi candidato a prefeito, governador e senador”, disse.

Sobre as resistências à sua candidatura, concentradas principalmente na bancada estadual, o vice afirmou que “a integração de todos” é questão de tempo. A avaliação de Pessuti é que a candidatura própria do PMDB ajudará a reeleger a bancada de dezoito deputados. “Não corremos o risco de eleger menos da metade da bancada. Nós vamos eleger mais que 18 deputados”, afirmou.