Uma pesquisa eleitoral encomendada pelo grupo de apoio ao prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), para ajudar a escolher o candidato a vice-prefeito na chapa da reeleição deixou alguns tucanos contrariados. Entre eles, o deputado Mauro Moraes (PSB), que considerou a iniciativa precipitada, principalmente por já incluir nomes de outros partidos da aliança como possíveis parceiros de Ducci na chapa.
Mesmo entre os tucanos que defendem candidatura própria do partido à prefeitura, há um acordo tácito de que a aliança com Ducci é a hipótese mais provável e, nesse caso, a indicação do candidato a vice-prefeito é uma prerrogativa do PSDB. Mas as denúncias contra o presidente da Câmara, vereador João Claudio Derosso, queimaram o provável tucano que seria indicado vice e Ducci começou a procurar alternativas. “Se já começam excluindo nomes do PSDB e incluindo outros já se cria uma situação delicada podendo gerar uma revolta interna”, afirmou o deputado Mauro Moraes, um dos nomes que já foi cotado como candidato a vice, mas que segundo consta, não está entre as opções oferecidas na pesquisa.
O nome do tucano que constaria da pesquisa é o deputado federal Fernando Franceschini. Os demais seriam nomes do DEM, o secretário especial de Habitação, Osmar Bertoldi, do PP, o deputado estadual Ney Leprevost, e do PPS, a vereadora Renata Bueno, entre outros.
Para Moraes, é um “erro” de estratégia do grupo de Ducci. “Todo mundo sabe que o vice do Luciano Ducci será escolhido pelo governador Beto Richa. Será uma indicação do Beto porque não deverá ser uma eleição fácil”, comentou Moraes.
Tensão
A situação já é tensa no núcleo tucano em Curitiba, onde o deputado federal Fernando Franceschini tenta ganhar a presidência do diretório. Em reunião na semana passada, Beto indicou alguns nomes para compor a comissão executiva provisória do partido e pediu que o grupo fosse fechado o mais breve.
Com a sinalização de que o presidente da Sanepar, Fernando Ghignone, poderia ser o novo comandante do partido, Franceschini reagiu. Ele defende, internamente, que o PSDB de Curitiba seja conduzido por um deputado. No caso, poderia ser ele ou Moraes, os dois mais votados do partido na cidade.