Pesquisa aponta liderança disparada de Beto em Curitiba

A primeira pesquisa de intenção de votos para a Prefeitura de Curitiba após a oficialização dos candidatos mantém o favoritismo do prefeito Beto Richa (PSDB), candidato à reeleição.

Encomendada pela Rede Paranaense de Comunicação (RPC) ao Instituto Datafolha, a pesquisa aponta a liderança de Beto com 72% das intenções de voto, 60 pontos à frente da segunda colocada, Gleisi Hoffmann (PT).

Com margem de erro de três pontos percentuais, a pesquisa aponta empate técnico entre três candidatos na terceira posição. Fábio Camargo (PTB) tem 3%, enquanto Bruno Meirinho (PSOL) e Carlos Moreira (PMDB) têm 1%. Ricardo Gomyde (PCdoB), Maurício Furtado (PV) e Lauro Rodrigues (PTdoB) não alcançaram 1% das intenções de voto. O Datafolha ouviu 938 pessoas entre os dias 23 e 24 deste mês. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número 1631/2008.

Em comparação com a outra única pesquisa divulgada em 2008, (contratada pelo PV ao Instituto Alvorada e divulgada em maio sob o número de registro 137/2008 na Justiça Eleitoral), todos os candidatos apresentaram ligeira melhora, uma vez que a pesquisa anterior considerou 12 pré-candidatos.

Em números absolutos, o maior crescimento foi o de Beto Richa, que ganhou quase 10 pontos em relação aos 62,4% apresentados anteriormente. Beto pode ter conquistado os eleitores de Rubens Bueno (PPS), Carlos Simões (PR) e Luiz Carlos Martins (PDT), que somavam mais de nove pontos na pesquisa anterior, mas abriram mão da candidatura para apoiar a reeleição do prefeito.

Gleisi também sentiu resultado da aliança firmada com o PSC, e pode atribuir parte do seu salto de 7,6% para 12% aos 4,1% de intenções de votos do deputado federal Ratinho Júnior, que aderiu a sua campanha.

“Evidente que estou muito feliz com o reconhecimento da população, mas vejo o resultado da pesquisa com bastante humildade, pois a campanha está só no início”, foi o primeiro comentário de Beto Richa sobre o resultado da pesquisa. “É uma resposta da população a uma administração democrática, ética, transparente e com respeito à sociedade”, avaliou.

O prefeito disse estar preparado para uma campanha mais agressiva de seus adversários na tentativa de diminuir a vantagem. “Já esperava isso de alguns políticos do Paraná, acostumados a campanhas destrutivas, com denúncias vazias, mas aviso que não vou entrar em qualquer provocação e vou manter meu estilo”, declarou.

Gleisi e Fábio Camargo também viram de forma positiva seus desempenhos na pesquisa. Para eles, a diferença para o prefeito vai diminuir com o aquecimento da campanha e o horário eleitoral gratuito.

“Nosso objetivo era alcançar os dois dígitos nesta pesquisa e isso foi alcançado. Até agora, o prefeito tem tido muito mais exposição de mídia, com a campanha em rádio e TV, todas as candidaturas devem crescer”, comentou Gleisi. “Já estou na frente do candidato do governo do estado (Moreira). Agora tenho de buscar a do governo federal (Gleisi), para, no segundo turno, discutir a cidade com o atual prefeito. São três máquinas que terei de superar. De uma delas, já tenho três vezes mais intenções de voto”, comentou Camargo.

Através de sua assessoria de imprensa, Carlos Moreira disse que o modesto resultado dele já era esperado por ele ser “o fato novo da eleição”. Moreira reconhece que é menos conhecido que seus adversários, mas acredita que, quando a população conhecer melhor sua história e suas propostas o quadro poderá se reverter.

Além disso, o ex-reitor da Universidade Federal do Paraná disse confiar na força do PMDB e do governador Roberto Requião (PMDB) para crescer nas próximas pesquisas.

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