Apesar dos esclarecimentos do ex-diretor-presidente do DER, Paulinho Dalmaz, os deputados que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembléia Legislativa que investiga o pedágio, ainda tem dúvidas sobre o fluxo de caixa das concessionárias e sobre a relação de custos/ lucro das empresas. Para o presidente da CPI, deputado André Vargas (PT), ainda está sendo feito um esforço de entendimento das planilhas e dos contratos firmados. “Não somos técnicos e, por isso, as vezes fica complicado entender certos detalhes. Mas vamos receber orientação de certas coisas que não nos parecem corretas”, explicou.

Durante a sessão, André Vargas tomou como exemplo um dos contratos assinados pelo governo do estado com uma das concessionárias onde a previsão inicial de lucro era de $4,99 bilhões e os gastos totais de manutenção e investimento não ultrapassariam R$ 2 bilhões. Para Dalmaz, no entanto, as planilhas garantem as concessionárias lucros entre 20% e 22%, números considerados normais nas políticas de concessão. “Se analisarmos bem, o Paraná tem um dos pedágios mais baratos do Brasil”, disse ele ressaltando que só após oito anos as concessionárias começam a igualar o fluxo de caixa e o de gasto.

A tarifa básica do pedágio no Paraná é de R$0,33 por quilômetro rodado em pista simples e R$0,44 em pista dupla.

Uma queda no preço das tarifas também é possível contratualmente, segundo o ex-presidente. Mas, cobrando menos as concessionárias também poderiam diminuir o volume de serviços prestados.

Ao final da sessão, Dalmaz disse que está a disposição da Câmara, mas lembrou que alguma das explicações que os integrantes da CPI desejam só podem ser dadas pelo assessor jurídico do DER, Maurício Ferrante.

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