Novas especulações a respeito do reforma da equipe do governador Roberto Requião (PMDB) encaminhadas ontem por email à imprensa sugeriram que o PT poderia ficar com cerca de cinco secretarias, além de outros dois cargos de segundo escalão. Os boatos surgiram depois que o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek (PT), encontrou-se com o governador na noite de anteontem. A Casa Civil negou que as informações fossem verdadeiras e disse que Requião ainda não decidiu sobre o secretariado. A assessoria de Samek informou que o petista não comenta conversas que tenha feito com o governador.
Em entrevista à Rádio Clube ,ontem pela manhã, o secretário-chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, afirmou acreditar na perspectiva de que o PT terá duas secretarias no governo de Requião. Há especulações também de que o PSDB teria dois cargos importantes de segundo escalão, já que parte do partido apoiou a reeleição de Requião.
Ao examinar os nomes da lista enviada à imprensa, o presidente estadual do PT, deputado André Vargas, disse que parte deles foram apresentados como alternativas para que Requião fizesse sua avaliação. Segundo Vargas, contudo, o partido não sugeriu os nomes do deputado Natálio Stica para a Secretaria para Assuntos de Curitiba e Região Metropolitana e o do deputado Hermes da Fonseca para a presidência do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Ambos estão na lista. Stica e Fonseca foram aliados de Requião na Assembléia Legislativa, mas não conseguiram se reeleger.
Vargas confirmou que o PT apenas apresentou ao governador sugestões de quatro nomes para secretarias: o do deputado federal Irineu Colombo, para a Secretaria Especial de Representação do Paraná em Brasília; o de Valter Bianchini, para a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento; o do deputado estadual recém-eleito Enio Verri, para a Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral; e o de Elton Velter, para a Secretaria de Estado do Emprego, Trabalho e Promoção Social.
A lista que foi divulgada traz também os nomes de Lygia Pupatto, que continuaria à frente da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e de Marcos Vinícius Ferreira Mazoni, que permaneceria como diretor-presidente da Celepar. A assessoria da Casa Civil informou que a permanência nos cargos ainda não foi decidida pelo governador, mas enquanto não houver uma definição, todos os ocupantes de cargos no governo prosseguem trabalhando normalmente.