O governador Roberto Requião (PMDB) assina amanhã o decreto de exoneração de todos os secretários estaduais de governo e presidentes de autarquias e empresas mistas que pretendem se candidatar às eleições de outubro. Até ontem, a lista dos que deixarão o governo na última data estabelecida pela Justiça Eleitoral – 31 de março – ainda não estava completa, mas já tinha dezoito nomes do primeiro e segundo escalões.
Entre os que estão se despedindo do cargo está o vice-governador Orlando Pessuti, que deixa a Secretaria de Agricultura e Abastecimento. A saída de Pessuti da secretaria está gerando novas especulações sobre sua posse como conselheiro do Tribunal de Contas. O vice-governador não tem que se submeter aos prazos da Justiça Eleitoral já que ainda não foi nomeado para a função. Mas Pessuti decidiu se desincompatibilizar da secretaria, justificando que ninguém sabe o que pode ocorrer no futuro.
A impressão de que o vice-governador ainda está resistindo a se transferir para o Tribunal de Contas se sustenta em algumas situações. Uma delas é o fato de Pessuti já ter confidenciado a amigos que o vitalício e bem remunerado cargo de conselheiro do Tribunal de Contas não era o sonho da sua vida e que gostaria de continuar disputando a mesma posição na chapa à reeleição do governador ou concorrer ao Senado.
Outro sinal é que, até agora, não foi marcada a data da nomeação de Pessuti para o Tribunal. Ele foi indicado numa sessão realizada no dia 14 e o governador não tem prazo para assinar sua nomeação. Peemedebistas afirmaram que, enquanto o PMDB não definir as alianças para a eleição ao governo, o vice-governador fica em posição de espera para assumir a candidatura, caso seja necessário. Com a manutenção da verticalização das coligações, o PMDB não descarta a possibilidade de lançar uma chapa-pura para concorrer em outubro.
De saída
Os secretários que já confirmaram a saída do cargo são Caíto Quintana (Casa Civil), Reinhold Stephanes (Planejamento), Roque Zimmermann (Emprego e Trabalho), Aldair Rizzi (Ensino Superior), Luiz Eduardo Cheida (Meio Ambiente), Edson Strapasson (Comec), Valdir Pugliesi (Transportes), Nitis Jacon (Teatro Guaira), Vanderlei Iensen (Chefia de Gabinete), Marcelo Almeida (Detran), Eduardo Baggio (Claspar), Gilberto Martins (Instituto de Saúde do Paraná), Ricardo Gomide (ParanáEsporte), Jorge Demiati (ParanáTurismo), Gilberto Pavanelli (reitor da UEM) e Benedito Cândido da Silva (Falculdade de Apucarana). Ainda estão em dúvida Luiz Claudio Romanelli (Cohapar) e Leonaldo Paranhos (Ipem).
Vários substitutos já estão definidos. O conselheiro aposentado do TC Rafael Iatauro assume a Casa Civil. O diretor do DER (Departamento de Estradas de Rodagem), Rogério Tizzot, irá acumular a Secretaria de Transportes. O diretor-geral da Secretaria da Fazenda, Nestor Bueno, toma posse no Planejamento. Para a Secretaria do Trabalho, o substituto escolhido pelo governador é Emerson Nerone, atual diretor da pasta. Lindslei da Silva Rasca Rodrigues, o atual diretor do IAP (Instituto Ambiental do Paraná), acumulará a Secretaria do Meio Ambiente. A secretária da Cultura, Vera Mussi, irá cuidar também da direção do Teatro Guaira.
