O ministro Marcelo Crivella disse à reportagem hoje que o PT coloca seus interesses pessoais acima dos do povo ao tentar eleger Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo com ataques ao candidato de um partido aliado ao governo de Dilma Rousseff e colocando em risco a unidade da base governista. 
“Se o Haddad tivesse sido ministro da Pesca ele saberia que o peixe morre pela boca”, afirmou, em referências às críticas ao candidato do seu partido, Celso Russomanno (PRB).

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A reação ocorre após a presidente Dilma entrar na campanha de Haddad, de o PT intensificar os ataques a Russomanno e de o candidato cair nas pesquisas, empatando tecnicamente com José Serra. No programa eleitoral desta quinta-feira, Haddad disse que “Russomanno pensa que sorrisos substituem propostas”.

“O adversário do Haddad é o Serra. Os ataques da campanha de Haddad ao Russomanno significam colocar os interesses pessoais acima dos interesses do povo. É importante que a base continue unida para não colocar em risco os avanços que conquistamos”, afirmou.

Crivella foi nomeado para o Ministério da Pesca em março deste ano, quando Russomanno ainda não despontava como candidato competitivo, para conter críticas que evangélicos ameaçavam fazer contra Haddad na campanha por causa do chamado kit gay, material que o governo planejava entregar a alunos da rede pública para combater o preconceito contra homossexuais.

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Ligado à Igreja Universal do Reino de Deus e um dos principais representantes dos evangélicos no Congresso, Crivella nega que sua indicação tenha tido esse objetivo. Ele não quis comentar sobre a presença da igreja na campanha de Russomanno. “Chega, já falei demais”, encerrou a conversa. O PRB tem uma bancada de dez deputados federais e um senador que votam com o governo no Congresso.