A indicação do senador Roberto Requião para presidir o PMDB de Curitiba não agradou a lideranças do partido, que não acreditam que ele possa conciliar as várias alas internas. O presidente estadual do PMDB, Waldyr Pugliesi, disse que, até a data da convenção, 17 de julho, continuará empenhado na construção de uma saída de consenso para comandar o partido em Curitiba.
“Vou continuar trabalhando para chegar a um caminho que seja trilhado por todos”, afirmou o dirigente do PMDB, que anunciou nesta terça-feira a decisão da direção estadual de determinar a realização de convenções em 53 cidades, onde há disputas pelo comando do partido.
Além de Curitiba, estão na lista os diretórios de Londrina, Cascavel e Maringá. Se os diretórios não realizarem as convenções, Pugliesi disse que a direção estadual deverá fazer intervenção nestas cidades. A intenção é que o voto da militância decida quem deve ficar com o poder e comandar o processo de construção das chapas para as eleições do próximo ano às prefeituras e câmaras municipais.
Outro nome
O ex-deputado Renato Adur, que já presidiu o partido no estado, ainda é a aposta do deputado estadual Nereu Moura para o comando do diretório, em Curitiba. “O Requião não tem o perfil conciliador que a gente pensava para o partido em Curitiba. Além disso, ele é um senador e acho que o Doático (atual presidente do partido) deveria preservá-lo destas confusões locais. Trazê-lo para a arena agora é envolver o Requião em disputas desnecessárias”, disse.
Adur não tem veto de nenhuma das alas, apontou Moura.Já se Requião for candidato à presidência do partido, o grupo do ex-governador Orlando Pessuti deve lançar um nome para concorrer. Pessuti não tem domicílio eleitoral em Curitiba, mas vários dos seus aliados militam no diretório municipal, como o ex-secretário Milton Buabssi e o ex-presidente da Sanepar Hudson Calefe.