Peemedebistas pedem reforma

Partidários de uma reforma mais ampla no secretariado, setores do PMDB aproveitam a saída de Luiz Mussi da Secretaria da Indústria, Comércio e Mercosul, para defender que, na substituição, o governador Roberto Requião leve em consideração a necessidade de composição política em 2006 para amparar o seu projeto de reeleição.

De mansinho, sem querer parecer que estão invadindo a competência de Requião, sempre refratário a conselhos, os deputados peemedebistas sugerem que o governador conjugue competência técnica com um perfil político, visando a contemplar potenciais aliados para 2006. "A decisão é única e exclusiva do governador, mas seria importante lembrar a questão das alianças para 2006. Mas é claro que o governador vai se basear principalmente na capacidade administrativa e gerencial", afirmou o deputado Nereu Moura, vice-presidente estadual do PMDB.

O presidente estadual do PMDB, Dobrandino da Silva, disse que o governador pode ampliar as mudanças, a partir da saída do secretário da Indústria e Comércio. O dirigente peemedebista e líder da bancada do PMDB na Assembléia Legislativa avaliou que, na perspectiva de uma indicação do secretário da Casa Civil, Caíto Quintana, para a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas, Requião pode desencadear uma reforma mais profunda na equipe.

Alvo

Dobrandino e Moura já têm até uma sugestão de área que deveria ser mudada na esteira das demais modificações. A Secretaria do Trabalho e Emprego, ocupada pelo padre Roque Zimmermann, do PT. Ontem, o presidente e o vice-presidente do PMDB estavam reunidos em Pato Branco com o vice-governador Orlando Pessuti e outros peemedebistas para conversar sobre a decisão de padre Roque de fechar o núcleo da secretaria em Pato Branco, transferindo o equipamento para Francisco Beltrão. Os peemedebistas querem pedir ao governador para reabrir a unidade da secretaria em Pato Branco.

Os deputados evitam emitir opiniões sobre os nomes que estão sendo cogitados para o lugar de Mussi. Mas interlocutores freqüentes do governador acham que o empresário Flávio Martinez, vice-presidente nacional do PTB, defendido por Mussi, não seria a escolha imediata de Requião.

O governador estaria pensando, neste momento, num convite ao empresário Zoenir Zonta, dono da rede de Supermercados Condor. Amigo de Requião, o empresário é tido como tecnicamente adequado à secretaria e com a vantagem de não ter maiores ambições políticas. Ou seja, poderia ficar até o final do governo no cargo, o que não seria o caso do petebista, que teria projetos eleitorais para 2006.

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